quarta-feira, 21 de março de 2012

O poder medicinal das sementes da árvore Sucupira na tratamento do câncer de próstata

 





O tronco retorcido finca raízes profundas no solo do Cerrado.A Sucupira espalha as sementes pelo interior do Brasil, mas dá mais do que flor e sombra. É de uso comum. Nos rincões do país ,a semente da Sucupira é um santo remédio.

Entrevista com Mary Ann Folglio- pesquisadora da Unicamp:

"A Sucupira tem o uso popular. Um aluno nosso quis comprovar se o uso popular realmente funcionava. Foi aí que começamos a estudar a sucupira para inflamação e também encontramos vários relatos para dor."

Os pesquisadores fazem questão de desfazer o mito de que tudo o que é natural não faz mal. Pode fazer sim. Substâncias produzidas pelas plantas podem ser tóxicas. O organismo humano encontra dificuldades em digerí-las ou absorvê-las. No caso da Sucupira o que a população já sabia, a ciência confirmou.

Ao longo de 11 anos cientistas estudam o poder medicinal da Sucupira nos laboratórios do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e agrícolas da Universidade de Campinas, o CPQBA.

Entrevista com Mary Ann Folglio- pesquisadora da Unicamp:

"Atualmente já conseguimos comprovar que as sementes da sucupira tem substâncias envolvidas com o processo da inibição da dor e da inflamação e de câncer com uma seletividade para o cancer de próstata.

Aproveitamos os modelos que temos no CPQBA que são modelos in vitro de linhagens de células tumorais humanas e avaliamos essas células tumorais. Observamos que essas substâncias e os extratos da sucupira eram capazes de inibir o crescimento dessas células que foram tiradas de células de tumores humanos.

Os pesquisadores coordenados pela doutora Mary Ann Foglio querem agora descobrir se a substância da sucupira pode ser colocada em cápsulas, comprimidos ou injeções sem perder o efeito. Para que a planta se torne um medicamento muitas análises ainda precisam ser feitas. Mas os cientistas já reconhecem: encontraram uma riqueza que brota no solo do cerrado- um bioma rico em plantas medicinais, mas muito ameaçado.

Entrevista com Mary Ann Folglio- pesquisadora da Unicamp:

"Quanto mais árida, mais adversas as situações que alguém é sujeito mais você tem que agir para sobreviver. É isso que acontece com as plantas do cerrado. Elas estão em um lugar árido, sem muitos nutrientes e a planta precisa sobreviver. O que ela faz? Ela produz essas substâncias como uma resposta para a sobrevida dela. Igual aos humanos: quanto mais adversidades colocare mais se vai lutar para sobreviver.


Autor:
Editora-Chefe: Vera Diegoli. Reportagm:Laís Duarte. Pauta: Marici Arruda. Produção:Maurício Lima. Edição de Imagens: João Kralik. Supervisor: Washington Novaes.


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