segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Novas imagens do Seminário Quilombolas e apresentação da Ong Reentrâncias em Bequimão/MA

Parte II:


Outras imagens do Seminário Quilombolas: Terra e Direitos realizado no municipio de Bequimão ( no dia 30 de julho de 2010), que iremos postar em  etapas. Aí estão outras imagens.



Imagem 01: Agnaldo (Presidente do STTR) fala à mesa de abertura do seminário


Imagem 02: Representante da Comunidade quilombola de Pontal na mesa de abertura


Imagem 03: Secretário municipal de meio ambiente durante abertura seminário


Imagem 04: Edmilson Pinheiro ( Fórum Carajás) durante abertura dos trabalhos



Imagem 05: Participantes do Seminário Quilombolas
  


 
Imagem 06: Representante de Comunidade Quilombola expõe sobre a realidade local


Imagem 07: Ivo ( CCN/MA) na mesa de Direitos Quilombolas


Imagem 08: Diretor do STTR fala sobre as iniciativas do Sindicato de apoio aos Quilombolas


Imagem 09: José Raimundo ( Pólo Sindical da Baixada) fala sobre a necessidade da organização dos Quilombolas

Imagem 10: Participantes de várias Comunidades presentes ao seminário


Imagem 11: Maria José ( Aconeruq) fala da luta das Comunidades para terem resgatados seus direitos



Imagem 12: Dep. Domingos Paz  relata lei de sua autoria para beneficiar os Quilombolas no Maranhão


Imagem 13: Grupo de Acadêmicos e professor da UEMA relatam experiência sobre trabalho em Comunidades Quilombolas em Bequimão/MA


Imagem 13: Teresinho Alves da Ong Reentrâncias ( ao centro), entre os Presidentes da Colônia e do STTR  durante debate sobre os Direitos Quilombolas




Fotos: Edmilson Pinheiro (Fórum Carajás)

Águas subterrâneas: patrimônio da humanidade

O Maranhão abriga a segunda maior bacia sedimentar do país, a do Rio Parnaíba, juntamente com o Ceará e o Piauí. Cerca de 97% desta água está em aquíferos subterrâneos. Pouco conhecidos, e por vezes esquecidos, são os grandes responsáveis pelo abastecimento populacional, industrial e agrícola da Grande Ilha de São Luís. Representam 55% do abastecimento da população da região metropolitana; 99%, das indústrias e 95% da agropecuária da Ilha, que captam água, através de poços artesianos amplamente conhecidos. Muitos construídos fora dos padrões exigidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sem licenças de perfuração, banalizando o trabalho dos perfuradores. Há muitos poços abandonados, destampados, sendo fonte de contaminação dos lençóis freáticos e dos aquíferos. E muitos não são clorados, como determina a Portaria 518 da Anvisa.




Mais de 80% dos municípios maranhenses captam águas subterrâneas para consumos humano e agropecuário. Este índice é ainda maior nos municípios com projetos agrícolas das associações de pequenos produtores, enfatizando sua importância para o desenvolvimento socioeconômico.



O Maranhão desponta no cenário nacional com volume de investimentos em torno de



R$ 60 bilhões para os próximos 10 anos, em diversos segmentos. Em relação ao uso da água, a implantação da Refinaria Premium da Petrobrás, com capacidade de 30% do refino de óleo do Brasil, consumirá 300 litros de água por segundo durante a implantação e 2 milhões de litros por segundo, quando estiver em operação; águas do Rio Itapecuru. A Termoelétrica do Grupo Servtec fará captação subterrânea da água assim como a Vale e a Suzano Papel e Celulose, entre outros.. Estima-se que 500 mil pessoas serão atraídas para cá. Estamos preparados para atender esta demanda com os recursos hídricos que temos?



A Ilha de São Luís passa por um boom imobiliário, com construções totalmente desgovernadas, sem preparo de abastecimento de água e esgoto. O “Programa Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal, terá construções em áreas de recargas de aquíferos, principalmente na região limítrofe entre os municípios metropolitanos. Estas áreas são fontes riquíssimas em águas subterrâneas com reservatórios que devem ser monitorados, mapeados, preservados e com controle de avanço populacional. Eles devem ser estudados e encarados de forma estratégica, criando mecanismos de proteção e preservação como alternativa de abastecimento para futuras gerações.



Com este cenário, São Luis sediará, de 31 de agosto a 3 de setembro, o XVI Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, o XVII Encontro Nacional de Perfuradores de Poços e a Feira Nacional da Água (Fenagua), promovidos pela Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS), entidade que promove as águas subterrâneas no país. Será uma oportunidade ímpar para adquirir conhecimento por meio de trabalhos técnico-científicos, pesquisas, palestras e debates, que ocorrerão. Será também um momento totalmente favorável para essa mudança no estado. Nossos políticos deverão criar uma nova visão gerencial dos recursos hídricos, que atenda às expectativas dos setores de meio ambiente, empresarial e da sociedade civil.



Aproveitem, pois, dificilmente, teremos outra oportunidade para mudar a situação atual em relação ao uso, conservação e proteção das águas maranhenses.



Por: Antonio José Araújo-Presidente da Comissão Organizadora do XVI Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, XVII Encontro Nacional de Perfuradores de Poços e Fenágua



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sábado, 28 de agosto de 2010

País vai banir 9 substâncias químicas usadas em agrotóxicos

O Brasil vai intensificar as ações para banir do mercado nove substâncias químicas usadas em agrotóxicos e produtos antichamas consideradas poluentes orgânicos persistentes. As substâncias, conhecidas internacionalmente pela sigla POP, passam a integrar a lista de banimento anunciada mundialmente pela Convenção de Estocolmo sobre Contaminantes Persistentes da Organização das Nações Unidas (ONU).
A secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Branca Americano, diz que o Brasil já vinha restringindo a maior parte dos produtos químicos que aparecem na lista da ONU e que apenas um continua sendo produzido no País. Trata-se de um agrotóxico em forma de iscas antiformigas.

“Estamos realizando um trabalho de inventário para identificar onde estão essas substâncias e para eliminar os remanescentes desses produtos no Brasil. Das nove substâncias, nós só produzimos a sulfluramida, usada no combate a formigas e em equipamentos eletrônicos, como retardador de chamas”, explicou Branca.

A ONU já havia divulgado uma lista com 12 POPs, que agora está sendo acrescida de mais nove, totalizando 21 substâncias com recomendação de banimento em todo o mundo. São elementos químicos que permanecem durante muito tempo na natureza, sendo absorvidos pelos animais em toda a cadeia alimentar, chegando até os seres humanos, onde se depositam principalmente nas camadas gordurosas, podendo gerar doenças nervosas, imunológicas, reprodutivas e câncer. A nova lista divulgada pela ONU contém as seguintes substâncias: alpha hexachlorocyclohexane, beta hexachlorocyclohexane, chlordecone, hexabromobiphenyl, hexabromobiphenyl ether, lindane, pentachlorobenzene, perfluorooctane sulfonic e tetrabromodiphenyl ether.

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terça-feira, 17 de agosto de 2010

SEMA dispensa licença para financiamento agrícola

O licenciamento beneficia agricultores que exerçam atividades rurais não poluentes.
Imagem: arquivo Fórum Carajás

SÃO LUÍS - A Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Maranhão (SEMA), concedeu dispensa do documento de licenciamento ambiental aos agricultores para as atividades rurais não causadoras de poluição, de degradação e de baixo impacto ambiental.

Confira abaixo as atividades que dispensam a apresentação do Licenciamento Ambiental:

- Limpeza de pastagens sujas, sem derrubada de árvores;

- Recuperação de pastagens, por meio de correção de solo e nova semeadura de sementes de capim, em áreas de pastagens degradadas;

- Correção de solo em áreas de produção agrícola, que já vem sendo cultivada;

- Obras e serviços de correção de solo;

- Aquisição de veículos utilitários, carga, máquinas e equipamentos agropecuários;

- Construção de cercas, curral, barracão de máquinas e casas de empregados;

- Aquisição de animais;

- Custeio agrícola e pecuário.

“Dispensar o licenciamento de determinadas atividade agrícolas não poluentes é desburocratizar a produção de alimentos, garantindo o desenvolvimento do setor, trazendo assim benefícios tanto para o produtor, quanto para o Estado”, garante Washington Rio Branco – Secretário de Estado de Meio Ambiente.

Por: Assessoria de Comunicação da SEMA.

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OGX vai procurar petróleo e gás na Bacia Pará-Maranhão

Atividades de perfuração em áreas próximas indicaram a presença de petróleo leve na região.

A OGX Petróleo e Gás está intensificando ainda mais os investimentos nessa área no Maranhão. Depois da descoberta de uma reserva gigantesca de gás natural em Capinzal do Norte, na Bacia do Parnaíba (terrestre), a empresa se prepara agora para campanha exploratória offshore na Bacia Pará-Maranhão (marítima) com o apoio da plataforma Ocean Sceptor, que se encontra na Baía de São Marcos a bordo do navio Triumph, de bandeira das Antilhas Holandesas.

O descarregamento da plataforma Ocean Sceptor, equipamento de propriedade da empresa Diamond Offshore, deverá acontecer, nesta quarta-feira (18), na Baía de São Marcos, onde permanecerá em manutenção pelo período de aproximadamente três meses. A expectativa é de que a campanha exploratória na Bacia Pará-Maranhão tenha início entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011.


A plataforma Ocean Scepter tem capacidade para perfurar poços de aproximadamente 11 mil metros de profundidade, em lâmina d'água máxima de até 100 metros.


Na Bacia Pará-Maranhão, que reúne uma área sedimentar total de aproximadamente 100.000 km², a OGX tem direitos de concessão sobre cinco blocos exploratórios. Atividades anteriores de perfuração em áreas próximas a três desses blocos indicaram a presença de petróleo leve na região.


A OGX, empresa do grupo EBX, acredita no grande potencial da bacia, uma vez que as características geológicas presentes na região são similares às da plataforma continental de Gana (Oeste da África), onde houve importantes descobertas de petróleo leve nos últimos anos.

Para o secretário estadual de Indústria e Comércio, Maurício Macedo, a nova campanha a ser realizada pela OGX é uma conseqüência natural dos projetos e pesquisas que a empresa tem feito no Maranhão. “É mais que natural nesse momento em que a OGX obteve resultados positivos em bacia terrestre que também intensifique suas pesquisas na plataforma marítima, vislumbrando, quem sabe, uma nova grande reserva de petróleo e gás”, avaliou Maurício Macedo.


Gás natural

A OGX ainda comemora a descoberta de reserva de gás natural em Capinzal do Norte, com potencial estimado em 15 trilhões de m³ de pés cúbicos, o que fará do estado um dos maiores produtores de gás no mundo.

A descoberta de gás no Maranhão foi classificada pelo diretor da OGX, Paulo Mendonça, “como o início da abertura de uma nova província de petróleo no Brasil”. A descoberta muda a realidade econômica da cidade com a geração de cerca de cinco mil empregos e deve mudar a condição do Brasil de importador de gás da Bolívia para a de exportador.


Segundo, Eike Batista, dono da EBX, empresa a qual a OGX faz parte, o potencial da reserva de gás encontrada no município é de 15 trilhões de pés cúbicos, o que levaria a uma produção de 15 milhões de metros cúbicos por dia, ao longo de 40 anos. O volume equivale a 25% da produção diária brasileira.


"É metade do que a Bolívia entrega para o Brasil pelo Gasbol", disse Ekie Batista, referindo-se ao gasoduto que transporta diariamente 30 milhões de metros cúbicos de gás.


As informações são da Secom do Estado.
 
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Oficina Justiça Climática no Nordeste


Afirmação dos territórios das populações tradicionais como estratégia para o enfrentamento à crise climática





O Programa Direito a Terra, Água e Território (DTAT) – formado pela Organização Intereclesiástica de Cooperação para o Desenvolvimento (ICCO) e por um grupo de 14 organizações no Brasil – promoverá a Oficina Justiça Climática no Nordeste, nos dias 25 a 27 de agosto de 2010. No Ceará, a organização da oficina é realizada pelo Instituto Terramar e terá programação em Fortaleza (25/08) e na Prainha do Canto Verde - Beberibe-Ce (26 e 27/08). O evento contará com a participação de 40 representantes de movimentos, entidades e populações tradicionais dos estados Bahia, Alagoas, Pernambuco, Piauí e Maranhão.

A proposta da oficina é, a partir das experiências das populações do nordeste, situar o debate da crise climática como resultado do modo de produção e consumo pautados na exploração intensiva dos recursos naturais. Uma perspectiva que confronta diretamente o discurso hegemônico que situa esta crise como um fenômeno de escala global e cujas causas e efeitos são compartilhados igualmente pela humanidade.



As noções de injustiça e justiça climática partem do pressuposto que as conseqüências das mudanças climáticas são vivenciadas de forma desproporcional pelas populações e grupos sociais, que tem menos acesso ao poder e que estão historicamente vulnerabilizados no modelo de sociedade capitalista, racista e patriarcal em que vivemos. Estas populações são, por exemplo, aquelas que habitam as periferias dos centros urbanos ou em regiões de conflitos com grandes empreendimentos, de Norte a Sul no planeta.



Nesse contexto, para os movimentos sociais, um dos desafios é fazer com que a análise da crise climática não se restrinja à esfera macro (negociações e convenções internacionais), mas estabeleça conexões com o cotidiano, situando no centro das discussões as populações atingidas. Nesse sentido, reafirmar os modos de vida tradicionais e experiências sustentáveis, promovidas por essas populações no campo e na cidade é uma estratégia mais democrática de enfretamento a crise.



A programação da oficina tem inicio em Fortaleza, no dia 25 de agosto, às 14hs no auditório do Centro Frei Humberto de Formação, Capacitação e Pesquisa do MST com a presença de Jean Pierre Leroy, educador e ambientalista da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase). Na ocasião, Leroy lança seu livro “Territórios do futuro.” A abertura do evento conta, ainda, com o lançamento do Portal do Mar – O Observatório de Direitos da Zona Costeira, uma plataforma na internet, na qual o Fórum em Defesa da Zona Costeira do Ceará pretende monitorar os conflitos nos territórios dos Povos do Mar afirmando sua cultura e modos de vida.



Para saber mais

Jean Pierre Leroy e o livro “Territórios do Futuro”, porwww.fase.org.br



Quase 40 anos de luta diária e incansável por um Brasil socioambientalmente equilibrado e justo são a marca política de Jean Pierre Leroy. Neste 2010, o educador da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase) lança o livro “Territórios do Futuro – Educação, meio ambiente e ação coletiva” que reúne, em 19 artigos, relatos e pontos de vista fundamentais acerca do futuro da vida no planeta. A primeira parte do livro trata do fundamento de sua prática política: a educação popular. Seguem-se partes relativas aos temas sobre os quais sua ação política se desdobrou coletivamente, com a Fase, redes e fóruns das quais participa: desenvolvimento; Amazônia; agricultura e biopolítica; relações internacionais.



Jean Pierre Leroy foi um dos precursores na junção do tema ambiental à questão social brasileira, um movimento que se tornou mais divulgado a partir de 1992, quando foi realizada a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio-92). É produto desta época e deste esforço o grande acúmulo de crítica política, ação e reflexão sobre os padrões de desenvolvimento adotados por praticamente todos os países na atualidade.



Portal do Mar – O Observatório de Direitos da Zona Costeira



O Fórum em Defesa da Zona Costeira do Ceará é um movimento formado por ambientalistas, pesquisadores, comunidades do litoral e entidades da sociedade civil que militam pela garantia dos direitos das populações da Zona Costeira do Ceará (FDZCC). Atua a mais 16 anos em ações de mobilização social e na produção de conhecimento sobre os impactos socioambientais causados, entre outros, por empreendimentos turísticos, desenvolvimento de carcinicultura e construção de usinas siderúrgica, termoelétrica e eólicas.



A partir de sua experiência e militância, o FDZCC, apresenta para a sociedade seu www.portaldomar.org.br, uma plataforma com notícias, artigos de opinião, informações sobre o acesso a justiça e um banco de dados com documentos oficiais, estudos e trabalhos acadêmicos disponível para download na internet. Essa ferramenta inaugura uma estratégia coletiva de comunicação e monitoramento de conflitos socioambientais. A intenção é observar a atuação de grupos econômicos, de instituições públicas e de promoção da justiça para, então, articular ações de intervenção e mobilização social.



Serviço: Oficina de justiça Climática no Nordeste

Dias: 25 a 27 de agosto de 2010

Locais: 25/08 em Fortaleza, às 14hs, no Auditório do Centro Frei Humberto de Formação, Capacitação e Pesquisa do MST. Rua Paulo Firmeza, 455, São João do Tauape. Dias 26 e 27/08 a programação segue para convidados na Prainha do Canto Verde, em Beberibe, Ceará.



Maiores informações:

Luciana Queiroz (Assessora do Terramar): 85 8650.4880/ 3226.2476, luciana@terramar.org.br

José Alberto de Lima (Pescador na Prainha do Canto Verde): 85 9622.1718, beto_pescador_prainha@yahoo.com.br

Camila Garcia (Assessora de comunicação do Terramar): 85 8818.8267/ 3226.2476, camila@terramar.org.br

Instituto Terramar: 85 3226.2476, http://www.terramar.org.br/
 http://www.terramar.org.br/oktiva.net/1320/nota/160029

Terra terá consumido no sábado todos os recursos naturais do ano

ONG diz que população mundial gasta em nove meses a quantidade de água doce e matérias primas projetadas para o ano todo

AFP

Foto: Getty Images

"Orçamento" de água doce de 2010 está quase no fim, diz ONG



No próximo sábado, 21 de agosto, os habitantes da Terra terão esgotado todos os recursos que o planeta lhes proporciona no período de um ano, passando a viver dos créditos relativos ao próximo ano, segundo cálculos efetuados pela ONG Global Footprint Network (GFN).



De acordo com o estudo, "foram necessários 9 meses para esgotar o total do exercício, em termos ecológicos.



A GFN calcula periodicamente o dia em que vão se esgotar os recursos naturais que o planeta é capaz de fornecer por um período de um ano, consumidos pela humanidade, aí incluídos o fornecimento de água doce e matérias-primas, entre elas as alimentares.



Para 2010, a ONG prevê o 'Earth Overshoot Day', ou Dia do Excesso, numa tradução livre, no próximo sábado, significando que em menos de nove meses esgotamos o que seria o orçamento ecológico do ano, revela o presidente da GFN, Mathis Wackernagel.



No ano passado, segundo ele, o limite foi atingido no dia 25 de setembro, mas não é que o desperdício tenha sido diferente.



"Este ano revisamos os nossos próprios dados, verificando que, até então, havíamos superestimado a produtividade das florestas e pastos: exageramos a capacidade da Terra" de se regenerar e absorver nossos excessos.



Recursos versus consumo

Para o cálculo, a GFN baseia-se numa equação formada pelo fornecimento de serviços e de recursos pela natureza e os compara ao consumo humano, aos dejetos e aos resíduos - as emissões poluentes, como o CO2.



"Em 1980, a nossa "pegada ecológica" foi equivalente a tamanho da Terra. Hoje, é de 50% a mais, insiste a ONG.



Assim, "se você gasta seu orçamento anual em nove meses, deve ficar provavelmente muito preocupado: a situação não é menos grave quando se trata de nosso orçamento ecológico", explica Wackernagel. "A mudança climática, a perda da biodiversidade, o desmatamento, a falta de água e de alimentos são sinais de que não podemos mais continuar a consumir o nosso crédito.



Para inverter a tendência, é preciso "que a população mundial comece a diminuir" - um tabu que começa a ser desmistificado pouco a pouco entre os demógrafos e os defensores do meio ambiente, inclusive dentro das Nações Unidas.



"As pessoas pensam que seria terrível mas, para nós, representaria uma vantagem econômica. Mas é uma escolha", comenta Wackernagel.
 
 
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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

UFMA adere à campanha pelo Limite da Propriedade da Terra

O lançamento da campanha na UFMA será realizada no dia 01 de setembro, às 17h, no auditório A, do CCH

A UFMA aderiu à campanha nacional pelo Limite da Propriedade da Terra e fará o lançamento regional no próximo dia 01 de setembro, às 17h, no auditório do CCH (Centro de Ciências Humanas). A campanha está sendo mobilizada por um grupo de professores e alunos que integram grupos de pesquisa que estudam direta ou indiretamente a questão fundiária no Brasil e no Maranhão. Na ocasião, todos poderão participar de um Plebiscito Popular e do abaixo-assinado que está percorrendo todo o país.

Em âmbito estadual, a campanha está sendo organizada por um grupo de entidades ligadas ao movimento social lideradas pela FETAEMA (Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado do Maranhão), CPT (Comissão Pastoral da Terra), MST (Movimento dos Sem-Terra), SMDH (Sociedade Maranhense de Direitos Humanos) e Fórum Carajás.


A campanha nacional pelo Limite da Propriedade da Terra foi lançada em 2000 pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo. Neste momento, a campanha se propunha a fazer uma ação de conscientização e mobilização da sociedade brasileira para incluir na Constituição Federal um novo inciso, estabelecendo um limite no tamanho das propriedades rurais, uma vez que a concentração fundiária é uma das principais causas da fome e desigualdade social no país.

Para avançar nesta ação de conscientização e mobilização, o Fórum propõe agora um Plebiscito Popular para que os cidadãos se manifestem sobre o assunto. O Plebiscito será realizado em todo o território nacional entre os dias 01 e 07 de setembro, período em que também que serão recolhidas assinaturas para compor um abaixo-assinado a ser entregue ao Congresso Nacional. Mais informações pelo site www.limitedaterra.org.br.


Qualquer pessoa pode fazer downdoald da lista para abaixo-assinado e preencher. A lista está no site. Basta clicar no link "a campanha", depois "materiais". O primeiro documento é a lista do abaixo-assinado que deve ser preenchida quantas páginas possível e entregue à organização da campanha no dia 01 de setembro, na UFMA.

SERVIÇO:


Dia 01 de setembro, às 17h, auditório A/CCH


Lançamento da Campanha pelo Limite da Propriedade da Terra na UFMA



Plebiscito Popular



Por: Flávia Moura
www.forumcarajas.org.br

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra

Dia Nacional de Mobilização em memória a Margarida Alves


Falta menos de um mês para a realização do Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra no Brasil. Entidades, organizações, movimentos e pastorais sociais articulados em todos os estados realizarão amanhã, quinta-feira (12), um grande mutirão de formação e divulgação do evento.



Várias atividades estarão ocorrendo simultaneamente em todo país. No ato a população brasileira também será convidada a participar de um abaixo-assinado que já circula em todos os estados desde o início da campanha pelo Limite da Propriedade da Terra no Brasil.



O dia 12 de agosto foi escolhido para o Dia Nacional de Mobilização em memória a Margarida Alves, ex-presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Alogoa Grande, na Paraíba. Em 1983 ela foi covardemente assassinada devido as suas denúncias contra uma usina.



O Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra será o ato concreto do povo brasileiro contra a concentração de terras no país, que é o segundo maior concentrador do mundo, perdendo apenas para o Paraguai. Esta consulta popular é fruto da Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra, promovida pelo Fórum Nacional da Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA) desde o ano 2000.



A campanha foi criada com o objetivo de conscientizar e mobilizar a sociedade brasileira sobre a necessidade e a importância de se estabelecer um limite para a propriedade. Mais de 50 entidades, organizações, movimentos e pastorais sociais que compõem o FNRA estão engajadas na articulação massiva em todos os estados da federação.



Cada cidadã e cidadão brasileiro será convidado a votar entre os dias 01 e 07 de setembro, durante a Semana da Pátria, junto com o Grito dos Excluídos, para dizer se concorda ou não com o limite da propriedade. O objetivo final é pressionar o Congresso Nacional para que seja incluída na Constituição Brasileira um novo inciso que limite a terra em 35 módulos fiscais, medida sugerida pela campanha do FNRA. Áreas acima de 35 módulos seriam incorporadas ao patrimônio público e destinadas à reforma agrária.



“A Campanha da Fraternidade deste ano também propõe como gesto concreto de compromisso a participação no plebiscito pelo limite da propriedade. Um limite para a propriedade faz parte de uma nova ordem econômica a serviço da vida", afirma Dirceu Fumagalli, membro da coordenação nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Para ele, uma consulta popular, mais do que obter resultados concretos com a votação, é um processo pedagógico importante de formação e conscientização do povo brasileiro sobre a realidade agrária. "São milhares de famílias acampadas à espera de uma reforma agrária justa. São índices crescentes da violência no campo. É o crescimento desordenado dos grandes centros urbanos. Tudo isso tem relação direta com a absurda concentração de terras no Brasil."



Segundo Luiz Claudio Mandela, membro da coordenação colegiada da Cáritas Brasileira, os promotores do plebiscito querem dialogar com a sociedade sobre a concentração de terras no Brasil. "Isso interfere na estrutura política, social, econômica e geográfica do país", ressaltou. De acordo com Mandela, durante toda a campanha estão sendo coletadas assinaturas para que esta proposta seja convertida em um projeto de iniciativa popular. "Para isso precisamos de, no mínimo, 1,5 milhão de assinaturas. Mas pretendemos superar esta meta."



Por: Thays Puzzi- FNRA - Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo



www.limitedaterra.org.br

Edital Universal de Apoio a Cultura Maranhense

A Secretaria de Estado da Cultura (Secma), no uso de suas atribuições legais, tendo como objetivo democratizar o acesso aos recursos disponíveis para financiamento de projetos e ações culturais, e com base na diversidade e na pluralidade da cultura, lança o Edital Universal de Apoio à Cultura Maranhense 2010/2011.

Este edital tem como finalidade garantir às entidades culturais, produtores, artistas, professores, estudantes e pesquisadores de cultura, grupos e manifestações culturais do Estado recursos financeiros totais ou parciais a projetos e ações que explorem diferentes formas de linguagens artísticas e práticas culturais.


Mais Informações: (98) 32328421 ou http://www.cultura.ma.gov.br/portal/sede/

baixa o edital e o formulário de inscrição.
 
Por: BNC
http://neutoncesar.blogspot.com/

Especulação sobre existência de ouro forma um novo garimpo na divisa Pará-Maranhão

Um boato sobre a existência de ouro em Viseu (PA), cidade isolada que fica a 361 km de Belém, está fazendo com que centenas de pessoas migrem para a região do rio Gurupi, na divisa entre Pará e Maranhão. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
Segundo a reportagem, não se sabe ao certo quantas pessoas já migraram, e as estimativas variam de 300 a 500 pessoas. Na média, dez garimpeiros chegam a cada dia.
O garimpo é chamado de Arrecife, ou Samaúma. Para os garimpeiros, trata-se de uma dos mais promissores da Amazônia. Os garimpeiros não usam máquinas e extraem o ouro manualmente. Os garimpeiros contam que não permitiram a extração de máquinas, na tentativa de evitar o cenário de violência e doença associado às áreas de exploração de minérios na Amazônia.
Segundo a reportagem, um homem consegue extrair até cinco gramas de ouro por dia, o que vale cerca de R$ 250. Os garimpeiros da região temem que os boatos atraiam mais gente para a região, inclusive o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), já que o garimpo não tem licença para funcionar.
Por: Amazonia.org.br
www.amazonia.org.br

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Imagens do Seminário Quilombolas e apresentação da Ong Reentrâncias em Bequimão/MA

Algumas imagens do Seminário Quilombolas: Terra e Direitos realizado no municipio de Bequimão, que iremos postar em 03 etapas. Aí estão as primeiras imagens.


Imagem 01: Mesa que debateu sobre as Comunidades Tradicionais ( Nhô- Presidente da Colônia Pescadores, Edmilson Pinheiro -Fórum Carajás e Alberto Cantanhede do CAPPAM)


 Imagem 02: Representantes de Comunidades Quilombolas presentes ao Seminário


Imagem 03: Liderança  de comunidade quilombola relata situção dos moradores




Imagem 04: José Raimundo ( Pólo Sindical da Baixada) relata sobre os trabalhos do movimento sindical em prol dos Quilombolas



Imagem 05: Ivon Fonseca(CCN/MA) e Diretor do STTR de Bequimão durante distibuição de material aos participantes



Imagem 06: Teresinho Alves (Coordenador da Reentrâncias) fala sobre os objetivos da ONG




Imagem 07: Edmilson Pinheiro ( Fórum Carajás), Elton Carlos e Teresinho Alves ( Reentrâncias)



Imagem 08: Edmilson Pinheiro (Fórum Carajás), Nhô (Colônia Pescadores Z-38) e Teresinho ( Reentrâncias)



Imagem 09: Agnaldo ( Presidente do STTR de Bequimão) entrega camisa para participante



Imagem 10: Diretoria do STTR durante entrega de camisetas da Reentrâncias


Imagem 11: Dança do boiadeiro da Comunidade de Ariquipá


Por: Edmilson Pinheiro
http://www.forumcarajas.org.br/

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Reentrâncias de vida

A beleza selvagem no extremo Norte do Estado remonta às origens do tempo


O Terra da Gente deste sábado (31) faz uma viagem até uma das regiões mais selvagens do Brasil, as Reentrâncias Maranhenses. Trata-se de uma área com 12 mil quilômetros quadrados, no litoral do Maranhão, Área de Proteção Ambiental desde 1991. A região é entrecortada por ilhas, baias e manguezais e faz parte da Rede Hemisférica de Defesa das Aves, já que está numa importante rota de migração. A nossa equipe embarca numa viagem de exploração, junto com pesquisadores do Cemave, o Centro Nacional de Pesquisa para Conservação de Aves Silvestres. Pelo caminho, paisagens deslumbrantes, manadas de búfalos e pequenas comunidades de pescadores. O dia-a-dia dos moradores das Reentrâncias, vida simples e trabalho duro. A tarefa diária dos pesquisadores também não é fácil.

Eles enfrentam a lama e encaram uma vigília durante toda a noite para levantar informações sobre a rota das aves e as doenças que pegam carona nas longas viagens. A aventura termina na Ilha dos Lençóis, uma pequena comunidade cercada pelo mar e por mistérios. Na Hora do Rancho, receita especial para uma refeição rápida: batata recheada com queijo e presunto.
Programa 620 - Reentrâncias Maranhenses


Templo de enseadas e ilhas

Um santuário de vida selvagem no litoral do Maranhão. Território dos guarás, uma das aves mais belas do Brasil. Também parada obrigatória de viajantes que fogem do frio do Hemisfério Norte. A diversidade natural é uma das riquezas dessa região. Chegar até aqui é uma aventura tanto pelo ar como por terra.

A viagem começa no Terminal da Ponta da Espera, em São Luís, a capital do Estado. A travessia da Baía de São Marcos é feita em balsas, transporte utilizado por milhares de pessoas todos os dias. A travessia das águas profundas da Baía de São Marcos leva uma hora e meia. Do outro lado fica a Vila de Cujupe, no município de Alcântara.


O caminho até as Reentrâncias Maranhenses tem paisagens dominadas pelas palmeiras de babaçu. É uma imensa planície conhecida como região da baixada. Na época das chuvas, no primeiro semestre, as várzeas ficam cobertas de água e exigem um esforço muito grande das manadas de búfalos.


A rodovia nos leva até Apicum-açu, município de 14 mil habitantes, um importante centro de pesca no litoral Norte do Maranhão. Neste lugar encontramos uma equipe do Cemave, o Centro Nacional de Pesquisa para Conservação das Aves Silvestres.


Os pesquisadores ligados ao Instituto Chico Mendes preparam uma expedição pelas ilhas das Reentrâncias Maranhenses. Serão dez dias de trabalho, por isso a necessidade de muitos suprimentos. A viagem prossegue de barco e a primeira parada da expedição é a Ilha de Iguará.


No barco de pescadores, cada um se acomoda como pode. Não há conforto. Em compensação, a paisagem é preciosa. Mangue dos dois lados. O Maranhão é o Estado com a maior área de manguezais do Brasil. A geografia dessa região também é peculiar. Entre o município de Alcântara e a divisa com o Pará, um litoral recortado por enseadas e ilhas. Por isso, o nome de Reentrâncias Maranhenses.


Vida em isolamento


Uma extensa área da costa maranhense está dentro de uma unidade de conservação. A Reserva Extrativista de Cururupu tem uma área de 1.860 quilômetros quadrados. Ela foi criada há seis anos para garantir o uso dos recursos naturais por parte das comunidades de pescadores. Há muitas delas espalhadas por esse vasto litoral.


Na comunidade mais pobre da reserva não há energia elétrica. Nem água potável. E as palafitas são cobertas pela palha de uma palmeira muito conhecida no Nordeste, a Pindoba.

Dona Silvandira dos Santos é uma das moradoras. Na frente da casa dela, tambores plásticos reservam a água que vai ser consumida. De tempos em tempos, barcos trazem água do continente.
A chuva, nem precisa dizer, é sempre bem-vinda. Ela conta que a falta de água potável é o grande problema da comunidade. Muitos já foram embora por isso. "Governadores já fizeram muitos planos, mas só fica na fala. Fazer, que é bom, nunca fizeram".


 
A vida dos moradores só não é mais difícil porque o mar tem fartura de alimento. A pesca do camarão é a principal atividade econômica de Iguará. O camarão é desidratado antes de ser vendido. É uma forma de conservá-lo por mais tempo e de agregar valor ao produto.

 
Cada um dos sacos tem entre 20 e 30 quilos de camarão. Um trabalho que pode durar mais de seis horas, debaixo do Sol. Vida dura e de muito suor.

Lugar de revoadas

A comida farta e a posição estratégica dos manguezais na rota migratória fazem das Reentrâncias Maranhenses uma parada quase obrigatória para as aves que vêm do Hemisfério Norte.

É isso que também atrai o interesse dos pesquisadores do Cemave. A captura de aves é necessária para o monitoramento da migração e a pesquisa de doenças, como a gripe aviária. O trabalho deles começa com a montagem de grandes redes.
Quando escurece, as aves saem de outras partes da ilha, onde a maré está alta, e vem para cá, onde têm facilidade de encontrar alimento. Na escuridão, as lanternas são as guias.


Num primeiro momento, é difícil de estimar o número de aves capturadas nas redes, mas a quantidade é grande. Tirá-las da rede requer paciência em alguns casos. Os pesquisadores tomam o máximo de cuidado para não machucar os bichos. O trabalho dura a madrugada toda.

 
Os maçariquinhos são maioria. A ave, originária do Ártico, não passa de 18 centímetros de comprimento. Um pouco maior é o maçarico-vira-pedras, de bico curto e forte. É uma espécie que pode viajar 800 quilômetros num só dia. Mas antes de voltar, essas aves darão uma contribuição importante para a pesquisa do Cemave.

 
Elas são levadas para a cabana e transferidas para caixas. As aves são anilhadas. O número de identificação vai numa das patas e, no futuro, poderá dar informações importantes, como a idade (caso seja recapturada).

Os maçaricos estão entre as espécies que mais viajam durante as migrações. Podem vencer mais de 20 mil quilômetros do extremo de um hemisfério ao outro..


Para aguentar um deslocamento tão longo e cansativo, precisam ganhar muito peso. "Para poder acumular essa gordura, eles comem 24 horas, ininterruptamente. Dormem muito pouco, para ganhar peso mesmo! E esse acúmulo de gordura também é um estímulo sexual para espécie", explica o analista ambiental do Cemave, Elivan Arantes de Souza.

 
As aves não se reproduzem no Brasil. Voltam para acasalar no território de origem. É a plumagem que indica se elas já estão prontas para o caminho de volta. Depois do anilhamento, vem a biometria e a coleta de amostras das aves.

 
A primeira tarefa é a pesagem. Todas as informações são anotadas e vão para um banco de dados. Durante esse trabalho também são tiradas amostras de secreções e de sangue das aves. As amostras seguem mais tarde para o laboratório e os exames são processados, tanto por biologia molecular, como por sorologia, principalmente para detectar a presença ou não do vírus Influenza.


 
O momento de soltar as aves é sempre muito especial para os pesquisadores. Os maçariquinhos estão cansados e não voam de cara. Antes, precisam se recompor. Grande parte vai direto para o banho nos alagados. É bom mesmo aproveitar! A viagem de volta para casa é longa. E lá, próximo do Pólo Norte, não tem água quente como no Maranhão.

 
Ilha dos Lençóis

 
O dia começa cedo para os pescadores. Manhã de muito trabalho no mar. Para os pesquisadores da expedição, não será diferente. O cansaço está na cara e não é para menos. Eles passaram a noite no barco, que navegou durante todo tempo de Iguará à Ilha dos Lençóis.

 
O deslocamento foi feito durante a madrugada para aproveitar a maré cheia. A tripulação se acomodou no convés em redes e sacos de dormir. Com o dia, tem muito trabalho pela frente. O barco fica ancorado, enquanto a equipe de pesquisadores segue a pé para uma nova missão.
A caminhada leva às casas dos moradores dessa pequena comunidade, onde aves silvestres são capturadas e se espalham no quintal junto às aves domésticas.



A convivência pode transmitir doenças, como a gripe aviária, e atingir também o homem. Por isso, a necessidade de monitoramento dessas espécies. O Cemave faz esse trabalho há 18 anos nas Reentrâncias Maranhenses. As aves encontradas têm coletadas amostras de secreção e também de sangue para análise em laboratório.

 
Sob o signo das crenças

 
Lençóis é uma ilha cercada de mistérios, tradições e crenças. Muitos aqui afirmam que essas dunas escondem um reino encantado, onde vive Dom Sebastião. O monarca português nascido em 1554 desapareceu na batalha de Alcácer-quibir, no Marrocos, 24 anos depois. E teria escolhido a Ilha de Lençóis como morada. Segundo a crença dos mais antigos, ele aparece nas noites de Lua cheia na forma de um touro gigante.


Dona Nini, de 94 anos, é uma das moradoras mais velhas da comunidade. Para preservar as histórias contadas por ela e por outros narradores de lendas, foi criado o Memorial Rei Sebastião. A lenda do rei Sebastião contribuiu para tornar este lugar conhecido no mundo inteiro.


Viajantes de várias partes vêm para cá atraídos pela crença dos moradores e também por outro fato cercado de mistério: a existência de várias pessoas albinas na comunidade, o que fez com que Lençóis ganhasse o nome de Ilha dos Filhos da Lua.


A Ilha dos Lençóis já foi considerada a maior colônia de albinos no mundo. O pescador Joel de Oliveira conta que em 1949 existiam dez albinos na ilha. Hoje são seis. Quatro são crianças. São histórias do Maranhão, uma terra onde natureza e homem têm muito a nos ensinar.


Agradecimento:

ICMBio - Parque Nacional do Curupuru

Cemave/ ICMBio



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O Terra da Gente é exibido também para todo o Brasil, aos domingos, às 7:00h, via antena parabólica (o canal Superstation da Globo) e para 116 países dos 5 continentes pelo Canal Internacional da Globo.
 
Por: Terra da Gente
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Aves passam pela costa do Maranhão durante rota de migração

As revoadas indicam a rota de migração das aves pela costa norte do Maranhão. Guarás, gaivotas e talharamares utilizam as florestas alagadas, entre o continente e o mar, para invernada e a reprodução.




Imagem: Reprodução/G1


As aves escolhem os galhos mais altos e as regiões mais preservadas para fazer os ninhos. A temporada é de nascimento dos filhotes. Muitos se assustam diante da ameaça dos predadores.
A rota de migração dessas aves está sendo mapeada por um grupo de biólogos e ambientalistas brasileiros, em uma missão chefiada pela Universidade Federal do Maranhão. A expedição entrou nos manguezais e percorreu as dunas do Parque Nacional dos Lençóis, na costa leste do estado.

Gaivotas e maçaricos também aproveitam a estação para a reprodução. Não é por acaso que as aves costeiras escolhem as dunas para fazer os ninhos. É um modo de se proteger dos predadores. Enxergar os ovos na areia branca só de muito perto, pois se confundem entre os grãos de areia.
“Essa é uma época muito apropriada, porque existem várias espécies que estão em momento de migração para essa região, pois o local tem uma boa disponibilidade de alimentos”, diz a analista ambiental Kenya Valadares.

A faixa, que vai desde o Delta do Parnaíba, na divisa do Piauí, até a costa do Amapá, integra o Corredor das Américas. Uma rota de aves costeiras que fogem das regiões geladas do planeta, em busca de refúgio sob o sol do Equador.A rota está sendo mapeada por um grupo de biólogos. As gaivotas aproveitam para se reproduzir. As aves escolhem os galhos mais altos e as regiões mais reservadas para os ninhos.

Veja o vídeo do Bom Dia Brasil:

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1304034-7823-AVES+PASSAM+PELA+COSTA+DO+MARANHAO+DURANTE+ROTA+DE+MIGRACAO,00.html

Por: Globo Vídeos
http://video.globo.com