quarta-feira, 8 de maio de 2013

Pesquisa cria produção de arroz com baixo consumo de água

Pessoa caminha em plantação de arroz no Laos
Agricultor caminha em plantação de arroz: cultivo pelo sistema tradicional consome de 24% a 30% de toda a água doce disponível no mundo
São Paulo - Uma pesquisa brasileira sobre o cultivo de arroz em condições não alagadas, com o fornecimento de água pelas chuvas e complementado por sistema de irrigação por aspersão nos períodos secos, vem despertando forte interesse internacional.


O estudo, coordenado por Carlos Alexandre Costa Crusciol, professor titular da Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, e realizado com apoio da Fapesp, foi publicado recentemente pelo periódico Agronomy Journal, com expressiva repercussão, principalmente na Ásia.
O motivo é fácil de entender: o cultivo de arroz pelo sistema tradicional de irrigação por inundação (no qual os cultivares recebem uma lâmina de água de cerca de 7 a 10 centímetros por até 120 dias) consome de 24% a 30% de toda a água doce disponível no mundo.
E a água doce tornou-se um dos recursos mais preciosos do planeta, disputado não apenas pelos diferentes países, mas também no interior de cada país, entre o campo e as cidades, entre as atividades produtivas e o consumo individual, entre a agropecuária e a indústria. “Nossa pesquisa mostrou que é possível alcançar um nível de produtividade elevado, com grande economia de água”, disse Crusciol à Agência Fapesp.
O cultivo de arroz em condições aeróbicas do solo, isto é, em chão firme (os termos técnicos para esse tipo de cultura são “arroz de sequeiro” ou “arroz de terras altas”), não constitui novidade no Brasil. Isso tem sido feito há muito tempo, principalmente na região do Cerrado.
O fato novo, resultante da pesquisa, foi alcançar um alto patamar de produtividade graças à complementação hídrica mediante a irrigação por aspersão. “Sem a complementação hídrica, a média de produtividade é aproximadamente 2.700 quilos por hectare, enquanto que no cultivo inundado é possível chegar em média a 7.000 kg/ha. Com a complementação hídrica à cultura, temos obtido produtividades de até 6.000 kg/ha, gastando muito menos água”, afirmou o pesquisador.
 José Tadeu Arantes, da 

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