segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Agronegócio e indústrias consomem 79% da água de todos os mananciais do Brasil


A agricultura irrigada consome 72% de todos os mananciais hídricos do país e não fazem investimentos para a preservação das fontes. O agronegócio protegido pela presidente Dilma Rousseff é um dos principais responsáveis pela crise.

No ano de 2000, a Organização das Nações Unidas fez uma importante advertência para os problemas que viriam com as constantes mudanças climáticas que poderiam proporcionar a falta de água em diversos países do mundo a partir do ano de 2025. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil promoveu imediatamente uma Campanha da Fraternidade, levando a público um amplo debate sobre a preservação das fontes naturais, da racionalidade de consumo e da necessidade de criação de tecnologias para o enfrentamento futuro dos problemas iminentes anunciados pela ONU.

Foi a partir do ano 2000, que empresas multinacionais começaram a comprar fontes de águas naturais e minerais, com destaque para a Coca-Cola, hoje detentora da maioria delas. A crise hídrica que hoje domina vários Estados da Federação, já era enfrentada em alguns continentes. Por inúmeras vezes, entidades de preservação ambiental da região amazônica chegaram a denunciar que navios estrangeiros de grande porte estavam carregando água dos rios Amazonas, Negro e Solimões. Ela, depois de passar por vários processos são engarrafadas e vendidas em diversas partes do mundo. As denuncias não foram levadas a sério pelos governos estaduais da região Amazônica e muito menos pelo governo federal.

Diante da séria realidade que está instalada nos principais Estados da região Sudeste, com riscos iminentes de racionamento grave para o consumo da população e os problemas que serão gerados na produção agrícola, na pecuária e na indústria, as autoridades esperaram o fato acontecer e como sempre desprezam a prevenção.

A verdade é que com os avanços cada vez maiores do agronegócio, a agricultura é responsável por 72% de todo o consumo de água no país. A pecuária responde por 11%, o abastecimento urbano, que é água que chega aos consumidores residenciais é de 9%, a indústria responde com 7% e 1% representa o consumo rural.

As advertências feitas pela ONU foram levadas em consideração pelas empresas multinacionais, com destaque para a Coca-Cola, que não terá maiores dificuldades para a industrialização dos seus produtos e naturalmente com a lei da oferta e da procura deverá naturalmente fazer correções de preços. Pelo menos no Maranhão, onde ainda não há riscos iminentes de escassez da água, ainda não foi colocado um plano de combate ao desperdício e preservação dos nossos mananciais, das matas ciliares dos nossos rios e o desenvolvimento de uma politica racional e de reaproveitamento da água pelos grandes projetos do agronegócio e da indústria. Em nossa capital, o desperdício é muito grande e o furto do produto é descarado, daí a necessidade urgente de ações e campanhas de conscientização.


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