Neste
dia 1º de maio, uma data simbólica, em que são prestadas homenagens a
todos os trabalhadores e trabalhadoras do mundo, nós queremos convidar
uma comissão da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), para que ela
venha ao Maranhão. Informamos, inicialmente, que o grupo do senador
José Sarney (PMDB), o atual presidente do Senado Federal, dá claros
sinais de que quer desviar o assunto em relação à morte do jornalista
Décio Sá, que era funcionário das empresas de sua família.
Afirmamos isto, em cima de dois pontos específicos, que nós queremos abordar francamente e eles nem tanto. O primeiro é sobre quem matou o jornalista? E, principalmente, por que mandaram matar? A opinião pública quer saber quem foram os pistoleiros, os mandantes e, também, as suas reais motivações. E, logicamente, quer que seja feita Justiça!
Quanto ao segundo ponto, nós maranhenses queremos discutir, denunciar e superar, a nossa terrível realidade social e política, que possibilita, freqüentemente, vários crimes parecidos como este, por ação de pistoleiros. A diferença é que a repercussão é infinitamente menor e as vítimas são quilombolas, sem terra, índios, sindicalistas rurais, assentados, lavradores e demais pessoas da nossa grande periferia, que vivem bem longe da dita “civilização”. Além destes crimes, existem verdadeiros casos de genocídios, contra índios, quebradeiras de coco e quilombolas.
Assim está a nossa terra! Então, num estado marcado pela violência política, pelos piores indicadores sociais do país, pelo trabalho escravo e pela grilagem de terras, é importante deixar claro que, nos causa extrema repulsa, ouvir a hipocrisia das autoridades locais, falando em “liberdade de imprensa” e de “democracia”. Aqui no Maranhão, um herdeiro da ditadura pós-64, ainda exerce seu poder a partir de fraudes e golpes, com um imenso e brutal monopólio dos meios de comunicação, em estreita aliança com o latifúndio assassino e se beneficiando, contribuindo e garantindo a inaceitável degeneração moral do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.
Dessa forma, concordamos com as recentes declarações do jornalista Emilio Azevedo (da coordenação do Jornal Vias de Fato) dadas a “Rádio Brasil Atual” e reproduzida no site da FENAJ. É verdade que, do ponto de vista político, no Maranhão “prevalece à barbárie”. É também correta a afirmação de que, o recente assassinato do jornalista do Sistema Mirante é um “reflexo do ambiente pouco civilizado da nossa região”.
Porém, diante de uma aparente hesitação da federação em relação a este assunto e a estas opiniões, nós estamos fazendo este convite público. Venham para o Maranhão! Venham conhecer este pedaço do Brasil profundo! Lugar onde, infelizmente, ainda prevalece, em diversas situações, a lei do quero, posso e mando. Onde muitas atrocidades acontecem, sem a presença adequada do “estado democrático de direito“ e bem longe do acompanhamento de uma mídia verdadeiramente decente. Em alguns casos, quando o Estado se manifesta, é para emitir liminares de despejos, tão rápidas, quanto suspeitas.
Afirmamos isto, em cima de dois pontos específicos, que nós queremos abordar francamente e eles nem tanto. O primeiro é sobre quem matou o jornalista? E, principalmente, por que mandaram matar? A opinião pública quer saber quem foram os pistoleiros, os mandantes e, também, as suas reais motivações. E, logicamente, quer que seja feita Justiça!
Quanto ao segundo ponto, nós maranhenses queremos discutir, denunciar e superar, a nossa terrível realidade social e política, que possibilita, freqüentemente, vários crimes parecidos como este, por ação de pistoleiros. A diferença é que a repercussão é infinitamente menor e as vítimas são quilombolas, sem terra, índios, sindicalistas rurais, assentados, lavradores e demais pessoas da nossa grande periferia, que vivem bem longe da dita “civilização”. Além destes crimes, existem verdadeiros casos de genocídios, contra índios, quebradeiras de coco e quilombolas.
Assim está a nossa terra! Então, num estado marcado pela violência política, pelos piores indicadores sociais do país, pelo trabalho escravo e pela grilagem de terras, é importante deixar claro que, nos causa extrema repulsa, ouvir a hipocrisia das autoridades locais, falando em “liberdade de imprensa” e de “democracia”. Aqui no Maranhão, um herdeiro da ditadura pós-64, ainda exerce seu poder a partir de fraudes e golpes, com um imenso e brutal monopólio dos meios de comunicação, em estreita aliança com o latifúndio assassino e se beneficiando, contribuindo e garantindo a inaceitável degeneração moral do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.
Dessa forma, concordamos com as recentes declarações do jornalista Emilio Azevedo (da coordenação do Jornal Vias de Fato) dadas a “Rádio Brasil Atual” e reproduzida no site da FENAJ. É verdade que, do ponto de vista político, no Maranhão “prevalece à barbárie”. É também correta a afirmação de que, o recente assassinato do jornalista do Sistema Mirante é um “reflexo do ambiente pouco civilizado da nossa região”.
Porém, diante de uma aparente hesitação da federação em relação a este assunto e a estas opiniões, nós estamos fazendo este convite público. Venham para o Maranhão! Venham conhecer este pedaço do Brasil profundo! Lugar onde, infelizmente, ainda prevalece, em diversas situações, a lei do quero, posso e mando. Onde muitas atrocidades acontecem, sem a presença adequada do “estado democrático de direito“ e bem longe do acompanhamento de uma mídia verdadeiramente decente. Em alguns casos, quando o Estado se manifesta, é para emitir liminares de despejos, tão rápidas, quanto suspeitas.
Um
momento que seria muito oportuno para a presença de uma comissão da
FENAJ no Maranhão, seria o próximo dia 10 de maio, quando haverá uma
audiência de instrução referente ao processo pelo assassinato do
quilombola Flaviano Pinto Neto, executado barbaramente com sete tiros na
cabeça, no dia 30 de outubro de 2010, por conta de sua luta pela terra.
Mais uma vítima da pistolagem.
Venham!
Vindo aqui, verão que não nos envergonha, nem um pouco, que falem das
nossas misérias. Nossa indignação é contra aqueles que promovem esta
situação lastimável. São eles que se incomodam com a verdade! Eles, os
verdadeiros responsáveis por nossos problemas estruturais!
Esperamos também que, em nome de uma verdadeira liberdade de expressão e de um debate realmente democrático, esta nossa manifestação pública seja acolhida, também, nos canais de comunicação ligados a esta federação.
São Luís, 1º de maio de 2012
Esperamos também que, em nome de uma verdadeira liberdade de expressão e de um debate realmente democrático, esta nossa manifestação pública seja acolhida, também, nos canais de comunicação ligados a esta federação.
São Luís, 1º de maio de 2012
Pastoral da Comunicação do Maranhão
Comissão Pastoral da Terra (CPT-MA)
Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH)
Cáritas Brasileira Regional Maranhão
Conselho Indigenista Missionário (CIMI-MA).
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST-MA)
Movimentos dos Quilombolas do Maranhão (MOQUIBOM)
Irmãs de Notre Dame de Namur em São Luís (MA).
Comitê Padre Josimo
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