O país da maior floresta tropical do mundo tem uma economia florestal
pequena, disse o presidente do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e
representante do Fórum Brasileiro de ONGs (organizações não
governamentais) e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente, Rubens Gomes.
Ele defende a criação de uma política nacional para o uso e gestão de
florestas.
Sem uma política nacional que seja cumprida à risca, o sistema
florestal brasileiro ficou frágil, situação que contribui para que os
investidos não realizem investimentos Floresta Amazônica brasileira,
acrescentou Rubens Gomes.
A solução, segundo o presidente do GTA, é compensar o vazio legal por
meio do fortalecimento do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), criado em
2006. Para Rubens Gomes, cinco anos depois da criação do órgão, o SFB
ainda está longe de atender as expectativas depositadas pela sociedade
brasileira em seu funcionamento.
Marcus Vinicius Alves, diretor de concessão florestal e monitoramento
do SFB, reconheceu que os contratos de concessão vem apresentando “um
incremento pequeno”. Disse, porém, que, embora modesto, esse crescimento
vem sendo “gradual, constante e responsável”. Acrescentou que, desde as
primeiras licitações, em 2008, até hoje, já foram concedidos 150 mil
hectares em duas florestas públicas (Floresta Nacional do Jamari, em
Rondônia, e Floresta Saraca-Taquera, no Pará).
“Há 20 dias lançamos mais dois editais de licitação para área
remanescente de Saraca-Taquera e outro para Floresta Jacundá (Rondônia) e
ainda vamos concluir outros três editais até julho. Se todos os
contratos se concretizarem vamos ter, no final do ano, 1,3 milhão
hectares de florestas contratadas”, explicou Marcus Vinicius.
Outra questão considerada crítica por Marcus Vinicius é a falta de
instrumentos econômicos, como subsídios e incentivos financeiros para a
atividade florestal. “Precisamos de uma série de incentivos que, junto
com repressão à ilegalidade, produziriam um salto quantitativo e
qualitativo nas concessões”, disse.
Por: Carolina Gonçalves
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: José Romildo
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