Produto
exportado é marcado por etapas de produção sustentáveis, possui
certificação internacional e auxilia na renda de centenas de famílias
Desenvolvido por meio do esforço das quebradeiras de coco de babaçu no interior do Maranhão, o óleo de babaçu é processado a partir da amêndoa do coco de babaçu e possui ótimas qualidades para ser utilizado em indústrias cosméticas e saboeiras. Graças ao alto índice de saponificação, este tipo de óleo forma muita espuma, e estes diferenciais chamaram a atenção de indústrias em países como Estados Unidos, Holanda, Alemanha e Itália, que o utilizam na produção de diversos tipos de cosméticos.
A Cooperativa de Pequenos Agroextrativistas de Lago do Junco (COPPALJ) é responsável pela produção e comercialização do óleo de babaçu, beneficiando diretamente 153 famílias do Médio Mearim, e indiretamente cerca de 800 pessoas. A capacidade de produção da cooperativa é de 180 toneladas de óleo de babaçu por ano. Isso só é possível porque a unidade de extração é alimentada por oito postos de compra de amêndoas de babaçu, abastecidas pelas quebradeiras de coco.
Além dos benefícios trazidos às centenas de famílias agroextrativistas da região, o processo produtivo do óleo de babaçu produzido pela COPPALJ é totalmente sustentável, pois não são utilizadas técnicas de extração do coco de babaçu que agridem o meio ambiente, como a derrubada das palmeiras, a queimada dos babaçuais e o uso de agrotóxicos.
O óleo orgânico de babaçu da linha de produtos Babaçu Livre é também o único a possuir certificação no mundo. O selo orgânico certificado pelo Instituto Biodinâmico (IBD) de Botucatu (SP) – única certificadora reconhecida internacionalmente – foi conquistado a partir do enquadramento da cooperativa nas normas internacionais de produção de produtos orgânicos.
Por ser um dos produtos resultantes da quebra do coco de babaçu, o desenvolvimento do óleo se tornou uma grande fonte de renda para as famílias de quebradeiras de coco de babaçu da Região do Médio Mearim, no interior do Maranhão. Isso só foi possível a partir do trabalho realizado pela Associação em Áreas de Assentamento do Maranhão (ASSEMA), que auxiliou na criação da COPPALJ.
Produto não valorizado internamente
As chamadas quebradeiras de coco de babaçu são responsáveis por grande parte do processo de desenvolvimento do óleo. São elas que coletam e quebram o fruto para alcançar a amêndoa - parte mais valiosa do coco de babaçu e matéria prima do óleo de babaçu. Após a quebra, estas mulheres se dirigem às chamadas cantinas, onde são realizadas as vendas das amêndoas para a COPPALJ. A criação das cantinas valorizou as amêndoas, e foi responsável pelo aumento na qualidade de vida das milhares de quebradeiras de coco de babaçu que vivem nas regiões atendidas pela ASSEMA.
Recolhida a amêndoa nas cantinas, a COPPALJ leva as matérias-primas para a cooperativa, onde será produzido o óleo de babaçu. “A amêndoa são trituradas e encaminhadas a duas máquinas semiartesanais que fazem o processamento do óleo." explica Raimundo Neto, presidente da COPPALJ. Segundo Raimundo, o óleo de babaçu sai deste processo e passa por mais três etapas: decantação, filtração e armazenamento no depósito para, depois, ser encaminhado para a exportação.
Apesar do interesse que o óleo de babaçu desperta nos mercados internacionais, no Brasil ele não é muito valorizado pelas empresas nacionais para a produção de cosméticos. Indo na contramão desta realidade, as únicas a comprarem o óleo de babaçu no mercado interno são as quebradeiras de coco de babaçu da Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais de Lago do Junco e Lago do Rodrigues (AMTR). Essas mulheres trabalham pela valorização das atividades extrativistas ligadas ao babaçu, produzindo o sabonete e o sabão de babaçu. Estes produtos também fazem parte da linha Babaçu Livre, e são feitos, principalmente, a partir do óleo de babaçu.
Sobre a ASSEMA
Fundada em 1989 pela junção do trabalho das quebradeiras de coco e dos trabalhadores rurais, a Associação em Áreas de Assentamento do Maranhão (ASSEMA) é uma instituição sem fins lucrativos que luta por melhores condições de vida para as famílias agroextrativistas da chamada Região do Médio Mearim – interior do Maranhão. A ASSEMA atua política e socialmente nos assentamentos e cooperativas da região, atendendo cerca de 7 mil famílias direta ou indiretamente. Pensando nisso, a associação tem como missão buscar alternativas autossustentáveis para o crescimento destas famílias do Médio Mearim.
MARAVILHOSOOOOOOO......
ResponderExcluirNOSSO MARANHÃO SENDO REALMENTE RECONHECIDO POR SUAS RIQUESAS NATUAIS ....ESTOU MUITO FELIZ ,DOU MEUS PARABÉNS A TODOS QUE VALORIZARAM NESSE GRANDE POTENCIAL DO NOSSO ESTADO MINHA MA~E JÁ FOI QUEBRADEIRA DE COCO BABAÇU ,MINHA AVÔ JÁ QUEBREI COCO TAMBÉM E CONHEÇO MUITAS MULHERES QUE VIVEM DESSA ARTES ,CLARO QUE UMA COOOPERATIVAS VALORIZARIA ESSAS GUERREIRAS DOS COCAIS E A PRODUTIVIDADE CRECERIA EM MAIOR ESCALAR ,SOU TÉC EM LOGISTICA HOJE PELO SENAI ...EU ACREDITO MUITO QUE ESSE E O CAMINHO CERTO DO CRECIMENTO ECONOMICO DO NOSSO MARAVILHOSO MARANHÃO .
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