Secretaria de Estado da Igualdade Racial (Seir) e a Secretaria de Estado de Trabalho e Economia Solidária incentivam a participação dos povos de terreiro na SBPC.
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Seir e povos de terreiro discutem programação durante SBPC. A cultura das comunidades com as tradições serão expostas na reunião |
As comunidades de terreiro de São Luís terão espaço para expor produtos e informações sobre a religiosidade e a cultura afro-brasileira durante a 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Este ano o evento, que será realizado no período de 22 à 27 de julho, na Universidade Federal do Maranhão (Ufma), terá como tema Ciência, Cultura e Saberes Tradicionais para Enfrentar a Pobreza.A participação dos povos de terreiro é fruto da articulação entre a Secretaria de Estado da Igualdade Racial (Seir), órgão vinculado à Casa Civil, e a Secretaria de Estado de Trabalho e Economia Solidária, que realizará na SBPC a Feira de Economia Solidária e Agricultura Familiar, onde serão inseridas as atividades das comunidades de terreiro. Para a Gestora de Comunidades Tradicionais da Seir, Josanira Santos da Luz, a participação na feira trará visibilidade à produção das comunidades de terreiro e será uma oportunidade de aproximar a comunidade científica dos saberes tradicionais. "Ao participar da Feira de Economia Solidária e da SBPC, os povos de terreiro terão oportunidade de mostrar a sua produção e expor elementos da cultura afro-brasileira, saberes e fazeres tradicionais dos terreiros. Nós da Seir estaremos presente para contribuir com o apoio logístico e o assessoramento para mobilização e divulgação das atividades", afirmou a gestora Josanira Santos da Luz.Dentro da feira, os representantes dos terreiros terão quatro espaços para divulgar os saberes e fazeres das comunidades, com sala temática onde irão reproduzir o terreiro de mina, tenda para exposição e venda de produtos, auditório para realização de rodas de conversa e veiculação de vídeos documentários. Haverá uma média de 15 terreiros representados no evento."A presença das comunidades tradicionais no espaço científico é uma forma de reconhecer que o conhecimento tradicional é a base para o conhecimento científico. Vamos mostrar como as comunidades de terreiro desenvolvem ações de enfrentamento à pobreza com foco na sustentabilidade e as alternativas para esse modelo econômico excludente em que vivemos", ressaltou Neto de Azile, coordenador do Fórum Estadual de Religiões de Matriz Africana do Maranhão (Ferma).Na última sexta-feira (13) foi realizada reunião na sede da Seir com representantes das comunidades de terreiro para construírem juntos a programação e definir que produtos poderiam expor. Durante o evento haverá exposição e comercialização artesanato, guias, bordados, esculturas, camisas com temáticas alusivas à cultura de matriz africana. Para a exibição de vídeos foram escolhidos pelo grupo os documentários "Dança das Cabaças - Exu no Brasil", "O Poder do Machado de Xangô", "Imbarabô", "Até Oxalá Vai à Guerra", "Casa das Minas - Os voduns reais de São Luís" e "Na Rota dos Orixás". A proposta é que seja exibido um vídeo por dia, no intervalo do almoço.
A Feira de Economia Solidária e Agricultura Familiar será realizada no Centro de Ciências Humanas (CCH/UFMA). O espaço dedicado às comunidades de terreiro ficará no hall do CCH e no Auditório José Ribamar Chaves Caldeira.
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