A produção agrícola mundial
precisará aumentar 60%, nas próximas quatro décadas, para poder
satisfazer a crescente demanda alimentar, um aumento produtivo que será
chave na contenção dos preços dos alimentos e redução da insegurança alimentar no planeta.
A reportagem é da agência Efe, publicada no sítio La Vanguardia, 11-07-2012. A tradução é do Cepat.
Esta é uma das conclusões que está no relatório sobre “Perspectivas agrícolas 2012-2021” que a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) apresentaram, na quarta-feira, em Roma, na sede deste último organismo.
O relatório que, desde 2005, a cada ano oferece projeções e análises de mercado para uma vintena de produtos agrícolas, numera esse necessário aumento de 60% em 1 bilhão de toneladas de cereais e 200 milhões de toneladas de carne a mais por ano, até 2050, em comparação com os níveis de cinco anos atrás.
“O aumento na produtividade será central para a contenção dos preços e dos alimentos, num contexto de maiores restrições, e será um fator chave na redução da insegurança global”, diz o relatório apresentado pelo secretario geral da OCDE, o mexicano Ángel Gurría, e o diretor geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva.
“Em médio prazo, o aumento da produtividade pode chegar, principalmente, pela redução da brecha na produtividade dos países em desenvolvimento, mas o cenário mais certo sugere que pode ser esperado que uma parte significativa dessa maior produção nos cultivos, utilizados como matéria-prima, possam ir para a geração de biocombustíveis”, prossegue.
Neste sentido, a FAO e a OCDE predizem que a produção de bioetanol e de biodiesel seja praticamente dobrada, em 2021, sobretudo no Brasil, Estados Unidos e na União Europeia (UE), abarcando cada vez mais a cana de açúcar (+34%), óleo vegetal (+16%) e cereais (+14%), influindo sobre o preço dos alimentos.
O relatório de “Perspectivas Agrícolas 2012-2021” acentua os “elevados e voláteis” preços das matérias-primas agrícolas, com uma inflação no preço dos alimentos que segue, em alta em muitos países em desenvolvimento, apesar da queda registrada após chegar a seus níveis máximos, em 2008.
“A volatilidade nos preços dos alimentos continua sendo preocupante, com as mudanças nas colheitas vinculadas aos fenômenos metereológicos, como principal ameaça, sempre que as provisões prosseguem sendo baixas. De algum modo, com um salto na produção dos cultivos as provisões têm melhorado e, em 2012, os mercados parecem menos turbulentos”, indica o texto.
Tudo isso está cada vez mais estreitamente ligado ao mercado energético, pois preços do petróleo mais elevados (como prediz a OCDE e a FAO para os próximos anos) levam a uma previsão de aumento nos preços das matérias-primas agrícolas, já não acarretando somente mais custos para a produção, mas também uma maior demanda de cultivos para produzir biocombustíveis.
A FAO e OCDE predizem que a demanda de cultivos de açúcar para a alimentação e para a produção de etanol será mantida, em médio prazo, deixando os preços do açúcar num nível alto, e que a carne de ave superará a de porco como primeiro setor de carnes até o final do período analisado em seu relatório.
O estudo da OCDE e da FAO analisa as tendências dos mercados de produtos básicos e as perspectivas, em médio prazo, dos principais produtos agrícolas. Mostra como esses mercados se veem influenciados pela situação econômica e pelas políticas governamentais.
www.ihu.unisinos.br
A reportagem é da agência Efe, publicada no sítio La Vanguardia, 11-07-2012. A tradução é do Cepat.
Esta é uma das conclusões que está no relatório sobre “Perspectivas agrícolas 2012-2021” que a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) apresentaram, na quarta-feira, em Roma, na sede deste último organismo.
O relatório que, desde 2005, a cada ano oferece projeções e análises de mercado para uma vintena de produtos agrícolas, numera esse necessário aumento de 60% em 1 bilhão de toneladas de cereais e 200 milhões de toneladas de carne a mais por ano, até 2050, em comparação com os níveis de cinco anos atrás.
“O aumento na produtividade será central para a contenção dos preços e dos alimentos, num contexto de maiores restrições, e será um fator chave na redução da insegurança global”, diz o relatório apresentado pelo secretario geral da OCDE, o mexicano Ángel Gurría, e o diretor geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva.
“Em médio prazo, o aumento da produtividade pode chegar, principalmente, pela redução da brecha na produtividade dos países em desenvolvimento, mas o cenário mais certo sugere que pode ser esperado que uma parte significativa dessa maior produção nos cultivos, utilizados como matéria-prima, possam ir para a geração de biocombustíveis”, prossegue.
Neste sentido, a FAO e a OCDE predizem que a produção de bioetanol e de biodiesel seja praticamente dobrada, em 2021, sobretudo no Brasil, Estados Unidos e na União Europeia (UE), abarcando cada vez mais a cana de açúcar (+34%), óleo vegetal (+16%) e cereais (+14%), influindo sobre o preço dos alimentos.
O relatório de “Perspectivas Agrícolas 2012-2021” acentua os “elevados e voláteis” preços das matérias-primas agrícolas, com uma inflação no preço dos alimentos que segue, em alta em muitos países em desenvolvimento, apesar da queda registrada após chegar a seus níveis máximos, em 2008.
“A volatilidade nos preços dos alimentos continua sendo preocupante, com as mudanças nas colheitas vinculadas aos fenômenos metereológicos, como principal ameaça, sempre que as provisões prosseguem sendo baixas. De algum modo, com um salto na produção dos cultivos as provisões têm melhorado e, em 2012, os mercados parecem menos turbulentos”, indica o texto.
Tudo isso está cada vez mais estreitamente ligado ao mercado energético, pois preços do petróleo mais elevados (como prediz a OCDE e a FAO para os próximos anos) levam a uma previsão de aumento nos preços das matérias-primas agrícolas, já não acarretando somente mais custos para a produção, mas também uma maior demanda de cultivos para produzir biocombustíveis.
A FAO e OCDE predizem que a demanda de cultivos de açúcar para a alimentação e para a produção de etanol será mantida, em médio prazo, deixando os preços do açúcar num nível alto, e que a carne de ave superará a de porco como primeiro setor de carnes até o final do período analisado em seu relatório.
O estudo da OCDE e da FAO analisa as tendências dos mercados de produtos básicos e as perspectivas, em médio prazo, dos principais produtos agrícolas. Mostra como esses mercados se veem influenciados pela situação econômica e pelas políticas governamentais.
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