O Projeto Diques da Baixada, desenvolvido pelo professor Doutor em Ciências Ambientais, Márcio Vaz, foi novamente pauta de reunião entre entidades governamentais, na segunda-feira (11), no Sebrae. Participaram da reunião os secretários de Estado da Agricultura, Pecuária e Pesca, Cláudio Azevedo, e Desenvolvimento Social, Francisco Gomes, o Chefe da Embrapa Cocais e Planícies Inundáveis, Valdemício Sousa e o deputado federal Luciano Moreira (PMDB/MA).
Durante a reunião, foi acordada a criação de um comitê gestor para fomentar e gerenciar o desenvolvimento do projeto. "Esse é um projeto muito importante para a Região da Baixada e, consequentemente, para o Maranhão, que conta com todo o apoio da governadora Roseana Sarney. Estamos reunindo esforços de várias entidades para viabilizar o projeto da melhor e mais rápida forma possível", disse o secretário Cláudio Azevedo.
Serão convidados a compor o comitê gestor do Projeto Diques da Baixada órgãos como as Secretarias de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (Sedagro), Casa Civil, Desenvolvimento Social (Sedes), Infraestrutura (Sinfra), e Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Sema), além da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão (AL-MA), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento dos Lagos Maranhenses (Conlagos), e Bancos do Nordeste, Amazônia e Brasil.
Diques
O projeto Diques da Baixada prevê a construção de 60 km de diques de cerca de 2m de altura que farão a contenção da água salgada para os campos, permitindo a retenção de água doce por cerca de seis meses, atualmente, esse prazo chega a no máximo quatro meses. Com a retenção da água doce serão viabilizados projetos de pecuária, agricultura irrigada e piscicultura e será, ainda, evitado o problema de enchentes que deixa milhares de moradores da região desabrigados todos os anos.
A idéia foi inspirada na experiência da região de influência do Rio Guayas, no Equador, que apresenta as mesmas características de geografia e clima da Baixada Maranhense. A diferença é que a área equatoriana destaca-se como a região mais rica do país, enquanto a Baixada Maranhense é considerada a região mais pobre do estado. "É um projeto que vai tirar aquela população da situação de pobreza", avaliou o secretário da Sedes, Francisco Gomes.
Segundo a pesquisa do professor Márcio Vaz, a intervenção na Baixada Maranhense se torna urgente também por outro motivo. De acordo com os estudos, caso essa região não receba uma intervenção dessa natureza, em cerca de 50 anos os manguezais avançarão juntamente com a água do mar e tomarão conta de toda a área, fazendo desaparecer povoados e até municípios maranhenses.
Providências
Para dar seguimento ao projeto, o secretário Cláudio Azevedo, da Sagrima, apresentou a idéia em reuniões na Codevasf na última semana, em Brasília (DF). O órgão, vinculado ao Ministério da Integração, deve estabelecer uma unidade regional no Maranhão e ajudar a mobilizar recursos para a viabilidade do projeto.
"Agora que conhecemos o projeto e temos a indicação de vários potenciais parceiros que ajudarão a viabilizá-lo não só na área de engenharia, como socioeconômica, temos que buscar a garantia de recursos financeiros para concretizá-lo", disse o deputado federal Luciano Moreira, que se disponibilizou a buscar recursos também na Câmara Federal.
Por: Raquel Araújo
http://www.sagrima.ma.gov.br/
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