Foto: Unesco
O Grupo de Trabalho em Carbono "Azul" Costeiro se reuniu em Paris para avaliar os impactos da destruição desses habitats.
A equipe é formada por 32 cientistas marinhos, de diferentes países, e apoiada pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco.
Território da Bélgica
Segundo eles, dados globais mostram que os pântanos, mangues e ervas marinhas estão sendo degradados rapidamente. Entre 1980 e 2005, 35 mil km2 de mangue foram destruídos, o equivalente ao território da Bélgica.
A remoção destas plantas significou a liberação na atmosfera de 175 milhões de toneladas de carbono por ano, montante equiparado às emissões anuais da Venezuela ou da Holanda.
Esponja de CO2
Isso ocorre porque o carbono, além de estar localizado nas plantas, está retido há milhares de anos nas camadas de solo abaixo delas. Umas vez retirada a vegetação, o gás continua a ser expelido por muito tempo.
De acordo com os pesquisadores, os pântanos, mangues e ervas marinhas funcionam como esponjas de CO2 e, quando são devastados, se tornam grandes emissores do gás. Apesar desses ecossistemas constituírem apenas 1% do total da biomassa em solos e florestas no mundo, eles fazem circular a mesma quantidade de carbono que os 99% restantes.
Os pântanos, mangues e ervas marinhas podem ter armazenados cinco vezes mais CO2 que as florestas tropicais, uma vez que eles sequestram o gás a um ritmo 50vezes maior que este tipo de mata.
Por: Marina Estarque, da Rádio ONU em Nova York.*
*Apresentação: Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
Nenhum comentário:
Postar um comentário