sexta-feira, 15 de junho de 2012

Movimentos sociais denunciam impactos de modelo de desenvolvimento no Maranhão


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 Autor: divulgação

 

No envio da delegação dos movimentos sociais do Maranhão à Cúpula dos Povos, que acontece paralelamente à Rio+20, que começou nesta quarta-feira no Rio de Janeiro, diversas organizações do campo e da cidade realizaram um protesto pelas ruas do município de Imperatriz.

Nesta quinta-feira, um conjunto de movimentos sociais, que representam Sem Terra, indígenas e quilombolas, se mobilizou na cidade considerada como “portal da Amazônia” em defesa dos direitos humanos e do meio ambiente.

O ato denunciou também os impactos dos grandes projetos econômicos instalados no estado do Maranhão, como a duplicação dos trilhos da Estrada de Ferro Carajás, da mineradora Vale, a expansão desenfreada do monocultivo do eucalipto, construções de barragens e hidrelétricas.

A mobilização iniciou pela manhã com uma caminhada pelas ruas da cidade e encerrou com ato político em frente à sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), onde também foi entregue uma Carta Denúncia das organizações do campo e cidade do estado do Maranhão, que será levada à Conferencia Internacional das Nações Unidas Rio + 20.

Na carta, as organizações questionam o modelo de desenvolvimento implementado na região amazônica.

“Denunciamos o que está acontecendo na Amazônia. É momento de debater, denunciar e demonstrar indignação e revolta com esses grandes projetos”, disse Gilvânia, militante do MST no Maranhão.

Os povos e movimentos da Amazônia viajam para o Rio de Janeiro para participar da Cúpula dos Povos e apresentar as reivindicações do maranhenses pela justiça ambiental e social, contra a mercantilização da vida e em defesa dos bens comuns.

Saiba o que reivindicam os movimentos sociais do Maranhão

-Suspensão do licenciamento ambiental da duplicação da Estrada de Ferro Carajás;

-Realização de regulares audiências públicas nos municípios atingidos por esse empreendimento e o cancelamento das 04 “reuniões públicas” pelas quais Vale e IBAMA querem resolver superficialmente as contestações das comunidades;---

-Intervenção do INCRA para monitorar e coibir a ação das empresas nos territórios de assentamentos rurais, como a invasão do eucalipto e a instalação de canteiros de obras;

Veja a lista de organizações que participaram da mobilização

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST

Central Única dos Trabalhadores – CUT

Universidade Estadual do Maranhão – Uema

Sindicato dos Trabalhadores Rurais – STTR

Fetaema

Movimento de Mulheres

Movimento das Quebradeiras de Coco Babaçu – MIQCB

Justiça nos Trilhos

Movimento Ecológico Popular

Coapima

Movimento Quilombola

Movimento Indigenista

Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos

Comunidade Pequiá de Baixo

www.mst.org.br

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