divulgação
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No
envio da delegação dos movimentos sociais do Maranhão à Cúpula dos
Povos, que acontece paralelamente à Rio+20, que começou nesta
quarta-feira no Rio de Janeiro, diversas organizações do campo e da
cidade realizaram um protesto pelas ruas do município de Imperatriz.
Nesta
quinta-feira, um conjunto de movimentos sociais, que representam Sem
Terra, indígenas e quilombolas, se mobilizou na cidade considerada como
“portal da Amazônia” em defesa dos direitos humanos e do meio ambiente.
O
ato denunciou também os impactos dos grandes projetos econômicos
instalados no estado do Maranhão, como a duplicação dos trilhos da
Estrada de Ferro Carajás, da mineradora Vale, a expansão desenfreada do
monocultivo do eucalipto, construções de barragens e hidrelétricas.
A
mobilização iniciou pela manhã com uma caminhada pelas ruas da cidade e
encerrou com ato político em frente à sede do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), onde também foi entregue
uma Carta Denúncia das organizações do campo e cidade do estado do
Maranhão, que será levada à Conferencia Internacional das Nações Unidas
Rio + 20.
Na carta, as organizações questionam o modelo de desenvolvimento implementado na região amazônica.
“Denunciamos
o que está acontecendo na Amazônia. É momento de debater, denunciar e
demonstrar indignação e revolta com esses grandes projetos”, disse
Gilvânia, militante do MST no Maranhão.
Os
povos e movimentos da Amazônia viajam para o Rio de Janeiro para
participar da Cúpula dos Povos e apresentar as reivindicações do
maranhenses pela justiça ambiental e social, contra a mercantilização da
vida e em defesa dos bens comuns.
Saiba o que reivindicam os movimentos sociais do Maranhão
-Suspensão do licenciamento ambiental da duplicação da Estrada de Ferro Carajás;
-Realização
de regulares audiências públicas nos municípios atingidos por esse
empreendimento e o cancelamento das 04 “reuniões públicas” pelas quais
Vale e IBAMA querem resolver superficialmente as contestações das
comunidades;---
-Intervenção
do INCRA para monitorar e coibir a ação das empresas nos territórios de
assentamentos rurais, como a invasão do eucalipto e a instalação de
canteiros de obras;
Veja a lista de organizações que participaram da mobilização
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
Central Única dos Trabalhadores – CUT
Universidade Estadual do Maranhão – Uema
Sindicato dos Trabalhadores Rurais – STTR
Fetaema
Movimento de Mulheres
Movimento das Quebradeiras de Coco Babaçu – MIQCB
Justiça nos Trilhos
Movimento Ecológico Popular
Coapima
Movimento Quilombola
Movimento Indigenista
Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos
Comunidade Pequiá de Baixo
www.mst.org.br
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