segunda-feira, 25 de junho de 2012

Juventude engajada na Cúpula dos Povos

A Cúpula dos Povos foi arena de intenso debate da sociedade civil durante a Rio+20, com atuação engajada de jovens de todo o Brasil. Eles compartilharam ideias nas plenárias, participaram de manifestações, trabalharam como voluntários e expuseram suas demandas e expectativas de um futuro mais sustentável.

A vontade de mudança das práticas sociais e a intenção de assumir responsabilidades pautaram as atividades da juventude entre os dias 15 e 23 de junho, no Rio de Janeiro.

Ao contrário das gerações mais velhas, os jovens brasileiros aprenderam desde cedo nas escolas a importância de respeitar o meio ambiente. Por isso, eles podem ter um papel especial na sociedade em favor da sustentabilidade. Rafael Resende, de 25 anos, acredita que o engajamento dos jovens deve começar dentro de casa, no convívio familiar: "A minha família não tem muito essa consciência ambiental. Acho que podemos chamar a atenção das pessoas mais velhas, conscientizando sobre a importância do meio ambiente.”

O desejo de contribuir com a propagação desses valores parece ter sido a razão pela qual Rafael participou como voluntário na Cúpula dos Povos. "É importante apoiar as manifestações”, afirmou, de modo convicto, Rafael, ao lado de sua colega Taiane Neto, de 20 anos. Para Taiane é gratificante trabalhar voluntariamente em um evento protagonizado pela sociedade civil: "Acho importante a existência de uma conferência voltada para a população e paralela à Rio+20, que é mais voltada para Chefes de Estado”.

Com expressivo número de participantes, a Cúpula dos Povos ganhou grande destaque nas redes sociais, em que se acompanhavam os debates e as manifestações em tempo real. Para Fábio Castelo Branco, de 25 anos, a intimidade dos jovens com a tecnologia e com as mídias digitais é um diferencial desse segmento nas discussões sobre meio ambiente: "O jovem tem mais domínio do uso da internet, que pode ser uma ferramenta com um alcance mundial.”

Se a internet é capaz de reunir jovens de todo mundo, no Aterro do Flamengo também houve integração de pessoas das mais variadas culturas e etnias, buscando soluções para os desafios comuns a todos os povos. Natã Pxkagbag, de 17 anos, contou que partiu de sua aldeia em Santa Catarina rumo à Cúpula dos Povos para reivindicar seus direitos como índio e opinou sobre o engajamento da juventude indígena: "Jovens indígenas são exemplo de participação, lutando por suas comunidades”. Já Nrsimhananda Dasa , de 24 anos, afirma a contribuição dos jovens hare krishnas no debate sobre meio ambiente: "A juventude hare acredita que a natureza deve ser utilizada para uma causa comum e não para ser explorada apenas para o nosso próprio benefício.”

O compartilhamento de experiências e valores foi o ponto alto do encontro, que poderá render resultados positivos para todas as gerações envolvidas. "O conhecimento adquirido aqui poderá ser repassado e desenvolvido após o fim do evento”, comentou Jonatas Maciel, de 19 anos.

A notícia é de Juventudes na Rio+20

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