A
Cúpula dos Povos foi arena de intenso debate da sociedade civil durante a
Rio+20, com atuação engajada de jovens de todo o Brasil. Eles compartilharam
ideias nas plenárias, participaram de manifestações, trabalharam como
voluntários e expuseram suas demandas e expectativas de um futuro mais
sustentável.
A
vontade de mudança das práticas sociais e a intenção de assumir
responsabilidades pautaram as atividades da juventude entre os dias 15 e 23 de
junho, no Rio de Janeiro.
Ao
contrário das gerações mais velhas, os jovens brasileiros aprenderam desde cedo
nas escolas a importância de respeitar o meio ambiente. Por isso, eles podem
ter um papel especial na sociedade em favor da sustentabilidade. Rafael Resende,
de 25 anos, acredita que o engajamento dos jovens deve começar dentro de casa,
no convívio familiar: "A minha família não tem muito essa consciência
ambiental. Acho que podemos chamar a atenção das pessoas mais velhas,
conscientizando sobre a importância do meio ambiente.”
O
desejo de contribuir com a propagação desses valores parece ter sido a razão
pela qual Rafael participou como voluntário na Cúpula dos Povos. "É importante
apoiar as manifestações”, afirmou, de modo convicto, Rafael, ao lado de sua
colega Taiane Neto, de 20 anos. Para Taiane é gratificante trabalhar
voluntariamente em um evento protagonizado pela sociedade civil: "Acho
importante a existência de uma conferência voltada para a população e paralela
à Rio+20, que é mais voltada para Chefes de Estado”.
Com
expressivo número de participantes, a Cúpula dos Povos ganhou grande destaque
nas redes sociais, em que se acompanhavam os debates e as manifestações em
tempo real. Para Fábio Castelo Branco, de 25 anos, a intimidade dos jovens com
a tecnologia e com as mídias digitais é um diferencial desse segmento nas
discussões sobre meio ambiente: "O jovem tem mais domínio do uso da internet,
que pode ser uma ferramenta com um alcance mundial.”
Se
a internet é capaz de reunir jovens de todo mundo, no Aterro do Flamengo também
houve integração de pessoas das mais variadas culturas e etnias, buscando
soluções para os desafios comuns a todos os povos. Natã Pxkagbag, de 17 anos,
contou que partiu de sua aldeia em Santa Catarina rumo à Cúpula dos Povos para
reivindicar seus direitos como índio e opinou sobre o engajamento da juventude
indígena: "Jovens indígenas são exemplo de participação, lutando por suas
comunidades”. Já Nrsimhananda Dasa , de 24 anos, afirma a contribuição dos
jovens hare krishnas no debate sobre meio ambiente: "A juventude hare acredita
que a natureza deve ser utilizada para uma causa comum e não para ser explorada
apenas para o nosso próprio benefício.”
O
compartilhamento de experiências e valores foi o ponto alto do encontro, que
poderá render resultados positivos para todas as gerações envolvidas. "O
conhecimento adquirido aqui poderá ser repassado e desenvolvido após o fim do
evento”, comentou Jonatas Maciel, de 19 anos.
A
notícia é de Juventudes na Rio+20
www.adital.com.br/
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