Cerimônia em Jacarepaguá inicia ciclo de debates e apresentações na aldeia Kari-Oca
RIO — Cerca de 350 indígenas brasileiros e de outros países, como
México e Canadá, participaram, no final da tarde desta quarta-feira, da
cerimônia do fogo sagrado da Aldeia Kari-Oca, na colônia Juliano
Moreira, em Jacarepaguá. São aguardados 1.600 índios para a conferência.
Eles vão debater, até o dia 18, questões relacionadas a causa indígena e
ao Meio Ambiente. Ainda na Kari-Oca serão realizados debates e
apresentações de modalidades esportivas indígenas. Os resultados serão
colocados num documento que será apresentado a ONU no dia 18.
O fogo sagrado tem como significado a iluminação de novos caminhos, e a cerimônia será repetida todos os dias para proteger a Conferência Indígena, que acontece em paralelo à Rio+20. A cerimônia contou com rituais de povos brasileiros, como Guarani, e de estrangeiros, como os Sioux, do norte do Canadá, e da nação asteca, representada pelo menino Xiuhtezcatl Martinez, que tem 12 anos e é do México.
O líder indígena Marcos Terena, organizador da Kari-Oca, disse que a aldeia está sendo montada na base do “fiado”, porque os recursos prometidos pelo Ministério do Esporte — R$ 1,5 milhão — e Ministério da Cultura — 80 mil — ainda não chegaram. Segundo Terena, os valores foram aprovados, mas ainda não foram repassados.
As duas ocas tradicionais do Alto Xingu ficaram prontas, mas a oca da sabedoria, uma das mais importantes, ainda está sem cobertura. O mato proveniente da limpeza feita pela prefeitura na área da aldeia também foi jogado pelos caminhões do município na área do fogo sagrado, alvo de reclamação de Terena.
“Belo Monte é um fato consumado”, diz Terena sobre usina
Terena revelou que o ex-presidente Fernando Collor de Melo pediu para participar e sua presença é esperada para sexta-feira. O líder indígena contou ainda que a usina de Belo Monte não estará entre os temas que serão debatidos durante a conferência.
— A ONU não quer debater Belo Monte, mas sim energia. Por outro lado, Belo Monte é um fato consumado — afirmou Terena, dizendo que a questão tem que ser inserida de forma global, já que em outras tribos indígenas também vem sofrendo com a construção de hidrelétricas.
O fogo sagrado tem como significado a iluminação de novos caminhos, e a cerimônia será repetida todos os dias para proteger a Conferência Indígena, que acontece em paralelo à Rio+20. A cerimônia contou com rituais de povos brasileiros, como Guarani, e de estrangeiros, como os Sioux, do norte do Canadá, e da nação asteca, representada pelo menino Xiuhtezcatl Martinez, que tem 12 anos e é do México.
O líder indígena Marcos Terena, organizador da Kari-Oca, disse que a aldeia está sendo montada na base do “fiado”, porque os recursos prometidos pelo Ministério do Esporte — R$ 1,5 milhão — e Ministério da Cultura — 80 mil — ainda não chegaram. Segundo Terena, os valores foram aprovados, mas ainda não foram repassados.
As duas ocas tradicionais do Alto Xingu ficaram prontas, mas a oca da sabedoria, uma das mais importantes, ainda está sem cobertura. O mato proveniente da limpeza feita pela prefeitura na área da aldeia também foi jogado pelos caminhões do município na área do fogo sagrado, alvo de reclamação de Terena.
“Belo Monte é um fato consumado”, diz Terena sobre usina
Terena revelou que o ex-presidente Fernando Collor de Melo pediu para participar e sua presença é esperada para sexta-feira. O líder indígena contou ainda que a usina de Belo Monte não estará entre os temas que serão debatidos durante a conferência.
— A ONU não quer debater Belo Monte, mas sim energia. Por outro lado, Belo Monte é um fato consumado — afirmou Terena, dizendo que a questão tem que ser inserida de forma global, já que em outras tribos indígenas também vem sofrendo com a construção de hidrelétricas.
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