Mais de 49 mil espécies de animais estão sob risco de extinção, diz pesquisa
No
último 24 de junho, a morte, nas Ilhas Galápagos, da tartaruga-gigante
conhecida como George comoveu o mundo. "O Solitário", como foi apelidado
o animal, era o último exemplar de sua subespécie (Geochelone
elephantopus abingdoni), agora considerada extinta em todo o planeta.
A notícia serviu de alerta para o
risco que correm
várias espécies das quais restou uma pequena quantidade de exemplares.
Para piorar ainda mais o quadro, ambientalistas calculam que uma grande
variedade de seres vivos vai desaparecer sem que o homem nem sequer
saiba de sua existência.A União
Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês)
organiza, com a ajuda de milhares de pesquisadores
ao redor do mundo, a chamada Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas de
Extinção, que já reúne mais de 65 mil nomes de seres vivos. Desses,
49.237 são de animais, sendo que 2.189 estão no chamado risco crítico. "Isso
significa que restam apenas algumas centenas ou milhares de exemplares,
seja na natureza
ou em cativeiro", explica Luiz Fernando Merico, coordenador no Brasil
do IUCN. "O objetivo é que todas as espécies nessa lista ganhem planos
de ação para sua recuperação, contudo isso ocorre apenas com uma pequena
minoria", completa.
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