Combate ao Racismo Ambiental:
“Chamamos de Racismo Ambiental às injustiças sociais e ambientais que recaem de forma implacável sobre grupos étnicos vulnerabilizados e outras comunidades, discriminadas por sua origem ou cor”.
Quem é o GT Combate
O GT Combate ao Racismo Ambiental foi criado em 2005, no âmbito da Rede Brasileira de Justiça Ambiental, com o objetivo de reunir denúncias, promover articulações, definir estratégias, campanhas e outras ações de luta contra as injustiças ambientais que recaem predominantemente sobre grupos étnicos vulneráveis. Funcionando também como um fórum de divulgação de informações sobre situações de conflitos e processos políticos de resistência, o GT é integrado por entidades e indivíduos ligados diretamente à luta contra o Racismo Ambiental, nas suas diferentes manifestações.
Suas ações partem do pressuposto de que, no modelo vigente de “desenvolvimento”, a destruição do meio ambiente e dos espaços coletivos de vida e de trabalho, assim como o desrespeito à cidadania e ao ser humano, são predominantes em locais onde vivem quilombolas, povos indígenas e outras comunidades tradicionais, atingindo, da mesma forma, populações negras e migrantes, em sua maioria proveniente da região Nordeste, que vivem em situação de risco nas grandes e pequenas cidades urbanizadas do Brasil.
Criado em agosto, em novembro de 2005 o GT já realizaria seu I Seminário Brasileiro contra o Racismo Ambiental, em conjunto com a Universidade Federal Fluminense e no Campus do Gragoatá. Numa estratégia que marcaria todos os eventos por ele realizados, participariam do Seminário cerca de 90 pessoas de diversos estados, reunindo representantes de grupos envolvidos em conflitos socioambientais, movimentos sociais, ONGs e academia, numa estratégia de envolvimento desses diferentes segmentos na luta contra o Racismo Ambiental.
Além dos brasileiros, também estiveram presentes no Seminário três convidados internacionais: Robert Bullard, da Universidade Clark, de Atlanta; Pramod Parajuli, da Universidade Estadual de Portland e Jan M. Fritz, da Universidade de Cincinnati,. Os depoimentos e as falas dos participantes foram registrados em vídeos (acessáveis a partir desta página, na aba referente ao I Seminário) e no livro Racismo Ambiental, organizado por Selene Herculano e Tania Pacheco e publicado pela Fase.
Em novembro do ano seguinte, o GT realizaria o I Seminário Cearense contra o Racismo Ambiental, em Fortaleza, seguindo o mesmo modelo de participação e nas dependência da Universidade Federal do Ceará. Também em Fortaleza aconteceria, em março de 2009, o II Seminário Brasileiro contra o Racismo Ambiental, no qual o GT elegeria sua Coordenação Colegiada e lançaria a Carta de Fortaleza, documento equivalente a uma declaração de princípios, balizadora da nossa linha de atuação. Da mesma forma que em relação ao I Seminário, os depoimentos foram gravados e estão sendo editados para publicação no primeiro semestre de 2010. E a Carta de Fortaleza e as fotos do Seminário também estão disponíveis na aba respectiva.
No primeiro semestre de 2010, o GT realizou duas oficinas de Combate ao Racismo Ambiental no Nordeste, em Fortaleza e em Salvador, reunindo os nove estados da região. Organizou ainda um Encontro com os Advogados Populares, envolvendo RENAP, AATR, Justiça Global, Terra de Direitos e Dignitatis, também em Salvador. Os relatórios das oficinas e do Encontro estão disponíveis na aba específica. Um dos principais resultados do Encontro com os advogados – uma espécie de “cartilha”, com orientações jurídicas para as comunidades poderem se defender num primeiro momento – está em fase final de publicação.
Componentes do GT Combate ao Racismo Ambiental
Entidades e seus representantes:
AATR – Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais no Estado da Bahia – Juliana Barros, Mirna Oliveira e Leila Santana da Silva – Salvador – BA
Amigos da Terra Brasil – Fernando Campos Costa – Porto Alegre – RS
ANAÍ – Maria Rosário de Carvalho (Presidente do Conselho Diretor da Associação Nacional da Ação Indigenista e professora do Departamento de Antropologia e dos Programas de Pós-Graduação em Antropologia e Estudos Étnicos e Africanos da UFBA) e José Augusto Laranjeiras Sampaio (representante da Associação Nacional de Ação Indigenista, membro dos GT Quilombos e da Comissão de Assuntos Indígenas da Associação Brasileira de Antropologia e Professor da UNEB) – Salvador – BA
Associação Aritaguá – Dina Oliveira-Bry (socióloga, especialista em desenvolvimento local e pesquisadora) – Ilhéus – BA
Associação de Defesa Etno-Ambiental Kanindé – Telma D. Monteiro (Coordenadora de Energia e Infra-Estrutura Amazônia) – Porto Velho – RO
Associação de Moradores de Porto das Caixas (vítimas do derramamento de óleo da Ferrovia Centro Atlântica) – Maria Aparecida Silva e Castro - Itaboraí – RJ
Associação Socioambiental Verdemar – Danilo Moura (Waldenilton Mota) – Cachoeira – BA
Banco Temático da RBJA – Amanda Nideck e Juliana Gomes Moreira – Rio de Janeiro – RJ
CEDEFES (Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva) – Ricardo Álvares (membro também do Grupo de Trabalho sobre Regularização de Territórios Quilombolas de MG, do Núcleo de Estudos sobre Quilombos e Populações Tradicionais da UFMG e do GT Quilombos, da ABA) – Belo Horizonte – MG
Central Única das Favelas (CUFA-CEARÁ) – Preto Zezé (Francisco José Pereira de Lima – Coordenador) – Fortaleza – CE
Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (CEDENPA) – Belém – PA – Nilma Bentes
Coordenação Nacional de Juventude Negra – Marta Almeida (Coordenadora; integrante do Fórum de Reforma Urbana de Pernambuco e da CMP-PE, e conselheira da Promoção da Igualdade Racial de Recife e executiva do Congresso Nacional de Negras e Negros do Brasil) – Recife – PE
CEPEDES (Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul da Bahia) – Ivonete Gonçalves – Eunápolis – BA
CPP (Coordenação da Pastoral dos Pescadores) Nacional – Laurineide Maria Santa
CPP BA (Coordenação da Pastoral dos Pescadores da Bahia) – Maria José Honorato – Salvador – BA
CPP CE – Ormezita Barbosa – Fortaleza – CE
CPP Nordeste – Severino – Recife (PE, AL, SE, PB, RN)
CPP Norte (Paz e Bem) – Sueli Miranda – Belém – PA
CPP Juazeiro – Margarida Ladislau – BA
CPT BA – Rubem Siqueira– Salvador – BA
CRIOLA – Lucia Xavier – Coordenadora – Rio de Janeiro – RJ
EKOS – Instituto para a Justiça e a Equidade – Padre Dário Bossi (trabalha com a população do povoado Piquiá e de vários assentamentos do interior de Açailândia; com a campanha “Justiça nos Trilhos”, de articulação dos movimentos sociais nos municípios ao longo da Estrada de Ferro Carajás; e com as Etnias Ka´apor, Awá-Guajá e Guajajara) – São Luís – MA
FAOR – Fórum da Amazônia Oriental – Vânia Regina Vieira de Carvalho – Belém – PA
Fase Amazônia – Matheus Otterloo – Belém – PA
Fase Nacional (Núcleo Brasil Sustentável) – Julianna Malerba e Cecília Melo – Rio de Janeiro – RJ
FDA (Frente em Defesa da Amazônia) – Judith Vieira – Santarém – PA
FIOCRUZ – Pedro Albajar – Rio de Janeiro – RJ
Fórum Carajás – Edmilson Pinheiro (Coordenador), Mayron Régis e Cristiane Maria Macau Rocha – São Luís – MA
Fórum de Defesa da Zona Costeira do Ceará – Jeovah Meireles (Professor da UFC) – Fortaleza – CE
FUNAGUAS – Judson de Barros – Terezina – PI
GELEDÉS – Instituto da Mulher Negra – Nilza Iraci – São Paulo – SP
GPEA (Grupo Pesquisador em Educação Ambiental da UFMT) – Michèle Sato – Cuiabá – MT
GT Observatório e GT Água e Meio Ambiente do Fórum da Amazônia Oriental (FAOR) - Vânia Regina Vieira de Carvalho (Coordenadora do GT Observatório) – Belém – PA
IARA – Humberto Adami – Rio de Janeiro – RJ
Ibase – Itamar Silva e Nahyda Franca - Rio de Janeiro – RJ
INESC – Ricardo Verdum – Brasília – DF
Instituto Búzios – Marcos Mendes (Coordenador) e Marcele do Vale (Coordenadora Jurídica) – Salvador – BA
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense – IF Fluminense – Maria Inês Paes Ferreira e Hélio Gomes Filho – Macaé – RJ
Instituto Terramar – Cristiane Faustino – Fortaleza – CE
Justiça Global – Andressa Caldas – Rio de Janeiro – RJ
Movimento Cultura de Rua (MCR) – Preto Zezé (Francisco José Pereira de Lima – Coordenador) – Fortaleza – CE
Movimento Inter-Religioso (MIR/Iser) – Maria das Graças de Oliveira Nascimento – Rio de Janeiro – RJ
Movimento Popular de Saúde de Santo Amaro da Purificação (MOPS) – Ney Didãn - Santo Amaro da Purificação – BA
Movimento Wangari Maathai – Taneska Santana (Coordenadora) – Salvador – BA
NINJA – Núcleo de Investigações em Justiça Ambiental (Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São João del-Rei) – Éder Carneiro (Coordenador) – São João del-Rei – MG
Núcleo TRAMAS (Trabalho Meio Ambiente e Saúde para Sustentabilidade/UFC) – Raquel Rigotto (Professora da Faculdade de Medicina da UFC e Coordenadora do Núcleo) e Ana Cláudia Teixeira – Fortaleza – CE
Omolaiyè (Sociedade de Estudos Étnicos, Políticos, Sociais e Culturais) – Rejane Santana Santos – Aracajú – SE
ONG.GDASI – Grupo de Defesa Ambiental e Social de Itacuruçá – Mangaratiba – RJ
Opção Brasil – Marcos Júlio Aguiar – São Paulo – SP
Oriashé Sociedade Brasileira de Cultura e Arte Negra – Kika Silva – São Paulo – SP
Projeto Recriar – Victor Hugo Alves Soares (Professor da Universidade Federal de Ouro Preto) – Ouro Preto – MG
Rede Axé Dudu – Ivan Belém – Cuiabá – MT
Rede Matogrossense de Educação Ambiental – Regina Silva e Michelle Jaber (também integrante do GPEA) – Cuiabá – MT
RENAP Ceará – Maiana Maia - Fortaleza – CE
Sociedade de Melhoramentos do São Manoel – André Leandro Nascimento e Juliana – São Manoel – SP
Terra de Direitos – Luciana Pivato – Paulo Afonso – BA
TOXISPHERA – Associação de Saúde Ambiental – Zuleica Nycz – PR
Participantes individuais:
Álvaro Fernando De Angelis (ativista) - Goiânia – GO
Ana Almeida – Instituto de Saúde Coletiva da UFBA (trabalha com Riscos Ambientais urbanos e Participação popular) – Salvador – BA
Carmela Morena Zigoni (pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da UNB) – Brasília – DF
Cíntia Beatriz Müller (Coordenadora do GT Quilombos, da ABA, e professora da UFBA – Salvador – BA
Cláudio Silva (militante) – Rio de Janeiro – RJ
Daniel Fonsêca (jornalista e militante, atua na Frente Popular Ecológica de Fortaleza) – Fortaleza – CE
Daniel Silvestre (pesquisador) – Brasília – DF
Danilo D’Addio Chammas (advogado e assessor da Campanha Justiça nos Trilhos, ligado também à Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos) - São Luiz – MA
Diogo Rocha (pesquisador) – Rio de Janeiro – RJ
Diosmar Santana Filho (ativista negro) – Salvador – BA
Franciella P. Rodrigues (educadora e militante na área de políticas públicas ambientais no Coletivo Jovem para o Meio Ambiente/REJUMA) – São Paulo – SP
Florival de José de Souza Filho (integrante do Grupo Geertz de Pesquisa, da Universidade Federal de Sergipe) – Aracajú – SE
Igor Vitorino (trabalha com população negra e moradores da periferia) – Vitória – ES
Janaína Tude Sevá (pesquisadora e professora da Universidade Federal Rural) – Rio de Janeiro – RJ
Josie Rabelo (mestre em Desenvolvimento Urbano pela UFPE e professora) – Recife – PE
Juliana Souza (pesquisadora) – Rio de Janeiro – RJ
Luan Gomes dos Santos de Oliveira (mestrando e pesquisador da UFRN) – Natal – RN
Mauricio Sebastian Berger (pesquisador do Proyecto Ciudadania, do Instituto de Investigación y Formación en Administración Pública da Universidade Nacional de Córdoba) – Córdoba, Argentina
Norma Felicidade Lopes da Silva Valencio (Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais em Desastres da Universidade Federal de São Carlos) – São Carlos - SP
Raquel Giffoni Pinto (militante da Rede Alerta contra o Deserto Verde e pesquisadora ligada ao IPPUR) – Volta Redonda – RJ
Ricardo Stanziola (professor e advogado ligado à RENAP) – São Paulo – SP
Rui Kureda (militante) – São Paulo – SP
Samuel Marques (militante, trabalha no INCRA com regularização fundiária de Territórios Quilombolas da Bahia) – Salvador – BA
Tania Pacheco (militante e pesquisadora) - Rio de Janeiro – RJ
Teresa Cristina Vital de Sousa (pesquisadora) – Recife – PE
Tereza Ribeiro (educadora ambiental) – Rio de Janeiro – RJ
Por GT Combate ao racismo ambiental
http://racismoambiental.net.br/
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