Rio no Cerrado leste maranhense(Foto: Fórum Carajás)
A Parceria Latinoamericana Fundos de Água, formado pelas organizações The Nature Conservancy (TNC), a empresa de bebidas FEMSA, o Banco Interamericano para o Desenvolvimento (BID), e a organização ambiental Global Environment Facility (GEF) prevê o repasse de 27 milhões de dólares para a criação e implementação de pelo menos 32 fundos para as águas no Brasil, Equador, Colômbia, Peru, México, e outros países; além de ajudar a conservar mais de sete milhões de hectares de bacias hidrográficas.
Um fundo de água é uma forma de recompensar a comunidade por serviços ambientais. Funciona assim: os fundos atraem contribuições voluntárias dos grandes usuários de água, como gasodutos, hidrelétricas, indústrias. Os custos com tratamento em uma bacia hidrográfica sadia são menores do que em uma bacia poluída, o que interessa às empresas que são grandes consumidores de água, alvo do fundo. As receitas angariadas são utilizadas para preservar bacias hidrográficas críticas, regular a oferta de água, e criar incentivos para gerar oportunidades econômicas sustentáveis que impactem positivamente nas comunidades locais, tal como o ecoturismo.
Vira um círculo virtuoso: investir no fundo e utilizar bacias hidrográficas sadias, que minimizam o custo de produção da empresa e incentiva a melhoria de outras bacias hidrográficas, que poderão se transformar em outro fundo. Um sistema retroalimenta o outro.
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