Liderança quilombola do povoado Charco, no município de São Vicente Ferrer, Manoel Santana Costa está ameaçado de morte. Ele foi até Brasília (DF) pedir a Secretaria de Política de Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR/PR) e a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara Federal que protejam sua vida.
Manoel também pediu que punam os acusados de assassinarem numa emboscada Flaviano Pinto Neto, em outubro de 2010 (releia aqui). A Polícia Civil prendeu um dos suspeitos de terem matado a liderança camponesa. Mas, sobre o(s) mandante(s) do crime nada se sabe.
A coordenadora do Programa Comunidades Tradicionais da SEPPIR/PR, Vera Gomes disse que, “o mandante das mortes dos líderes comunitários no Maranhão é o silêncio”.
Segundo ela o assassino é o pequeno, o que existe são grileiros por traz das mortes. “Não é suficiente prender apenas o assassino, mas toda a cúpula de mandantes”, destacou Vera.
Uma comissão chegou hoje ao Maranhão para cobrar respostas do governo estadual e atuar de maneira mais próxima nas comunidades de quilombos para sanar os problemas dos ameaçados. Atualmente no estado existem 27 conflitos pela posse da terra em áreas quilombolas.
Já passou da hora do Maranhão deixar de ser o estado onde líderes de comunidades quilombolas e de camponeses são assassinados apenas por ousarem sonhar com um mísero pedaço de terra.
Por: Itevaldo
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