Pude partilhar com muitos de vocês parte de minha pesquisa de mestrado
acerca da realidade de pescadores artesanais maranhenses que sofreram
(e ainda sofrem) com os incontáveis impactos advindos da obra de
ampliação do porto privado em São Luis do Maranhão, obra realizada
pela transnacional Vale.
A pesquisa embora teoricamente finalizada não transformou por
completo a realidade dos pescadores como era a minha (nossa)
expectativa, precisamos ainda somar forças! Desse modo, a partilha da
pesquisa no próximo dia 30 de novembro na UMAPAZ é além das
expectativas teóricas e acadêmicas, nosso objetivo está em ultrapassar
essa e pensar na nossa rede, ou seja, pensar e agir, construindo
concretamente ações que favoreçam a transformação da história de nosso
povo, portanto, nossa história... Outro dia li uma reportagem sobre
Racismo Ambiental e uma das índias dizia:
“Em pleno século XXI, índios lutando pelos direitos. Nós que somos
nativos lutando pela terra que foi levada pelo europeu”.
Fonte: http://racismoambiental.net.
Então é isso, sem me prolongar na teoria farei uma breve explanação da
realidade vivida a partir do registro fotográfico e respectiva análise
pára em seguida darmos continuidade ao diálogo planejando ações!
A UMAPAZ, Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz,
convida para a palestra: “Pescadores Artesanais e o Desenvolvimento
Econômico”dia 30 de novembro, quarta-feira, das 19h às 21h.
A palestra será realizada por Lais Biasoli Moler, psicóloga e
economista social, mestre em psicologia social, professora
universitária e consultora.
A palestra faz parte de uma pesquisa cujo objetivo está na
investigação e a análise sob o prisma da Psicologia Social, dos
impactos psicossociais advindos das pressões do sistema socioeconômico
vigente por meio de um estudo de caso de um grupo de pescadores
maranhenses: "Filhos do Boqueirão", praticantes da atividade pesqueira
de forma artesanal na Praia do Boqueirão, na cidade de São Luís,
capital do estado do Maranhão, local onde é realizada a obra de
ampliação do Complexo Portuário Ponta da Madeira.
A metodologia está pautada na observação-participante e
pesquisa-ação, que visa à contextualização da realidade social,
econômica, histórica e cultural dos entrevistados e dos grupos, de
forma a valorizar seus conhecimentos e experiências na construção do
debate, bem como trazer elementos para uma análise dos discursos
visando à apreensão dos aspectos subjetivos através da livre expressão
dos participantes da pesquisa. A análise dos dados indica que as
transformações socioambientais decorrentes das pressões do sistema
econômico capitalista transcendem a problemática das alterações
ambientais, alastrando-se pelas relações sociais e reconfigurando
objetividades e subjetividades a partir de uma nova lógica marcada
pela dialética da inclusão-exclusão.
Abraços esperançosos!
--
Lais Biasoli Moler
Mestre em Psicologia Social
Psicóloga e Economista Social
Prof. Universitária - Consultora - Psicoterapeuta
011. 9740-1819 São Paulo - Brasil
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