terça-feira, 12 de julho de 2011

Território Campos e Lagos (MA): Quilombolas discutem demarcação de terras

São Bento - Representantes de 11 comunidades remanescentes de quilombos do Território Rural Campos e Lagos deliberaram, durante oficina sobre demarcação de terras quilombolas, ocorrida no município de São Bento (Baixada Maranhense), na quinta-feira (7) e sexta-feira (8), a realização de um seminário, em setembro.



No evento, serão discutidas as políticas públicas nas comunidades com representantes dos órgãos estaduais, federais, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da sociedade civil.


A Secretaria de Estado da Igualdade Racial (Seir) convidou a Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Aconeruq) para participar do encontro que foi organizado pelo Instituto Formação - Centro de Apoio à Educação Básica.
Ficou definido que o seminário para a discussão de políticas públicas nas comunidades quilombolas será realizado dias 29 e 30 de setembro, no município de Viana.

A representante da sociedade civil no Colegiado Campos e Lagos e, também, secretária da Igualdade Racial de Viana, Zulmira de Jesus Mendonça, ressaltou a importância de se traçar um perfil socioeconômico das comunidades quilombolas, para que possam exigir a implementação das políticas públicas.


Problemas - Os quilombolas garantiram que o desenvolvimento da Baixada Maranhense está atrelado à questão fundiária e ao engajamento dos órgãos responsáveis na solução dos problemas existentes.

Na reunião, foi definido um grupo de trabalho que viabilizará a realização do seminário. A primeira reunião dos representantes do grupo será está semana, na sede do Instituto Formação, em São Luís.


A secretária adjunta da Igualdade Racial, Benigna Almeida, disse que é necessário cumprir alguns procedimentos para obter a certificação da Fundação Cultural Palmares como área remanescente de quilombo. “A Seir, em parceira com a Aconeruq, entidade com a qual desenvolvemos ações conjuntas, nos colocamos à disposição para discutir as questões quilombolas”, afirmou.

Reinaldo Avelar, representante da Aconeruq, chamou atenção para a importância da realidade de cada comunidade quilombola, pois as características devem ser preservadas.
 
Por: Jornal o Estado do MA
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