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Ranking bienal feito pelas Universidades de Columbia e
Yale mostra quem tem melhor desempenho ambiental entre 178 países
avaliados; Brasil é 77º na lista
A insustentável relação entre pobreza e degradação
ambiental
São Paulo – O ranking EPI 2014, que mede o desempenho
ambiental dos países, mostra a estreita relação que existe entre pobreza
e degradação do meio ambiente. Feito a cada dois anos pelas
Universidades de Yale e Columbia, o estudo classificou 178 países com
base em 20 indicadores distribuídos por 9 categorias, como saúde
ambiental, poluição do ar, recursos hídricos, biodiversidade e habitat.
Bem distantes dos 20 países mais verdes do mundo, na
lanternina do ranking estão países muito pobres e com altos níveis de
degradação de recursos naturais. É uma relação fácil de entender. A
falta de dinheiro se reflete no baixo tratamento de resíduos, em índices
humilhantes de acesso à esgoto e água tratada, à elevada contaminação
dos rios, da terra e do ar, entre outras condições de vida degradantes.
Ao mesmo tempo, os problemas ambientais ajudam a piorar o
quadro, colocando em risco muitas das atividades que sustentam as
comunidades nesses países. Fenômenos extremos provocados pelas mudanças
climáticas, por exemplo, levam à diminuição da água potável, da terra
para agricultura e das reservas pesqueiras.
No ano passado, o relatório sobre o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), feito pelo Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento (PNUD), mostrou que se o mundo não enfrentar os
desafios ambientais mais urgentes, os avanços do desenvolvimento humano
poderão regredir drasticamente.
As regiões mais pobres do globo deverão ser as mais
afetadas, com uma redução no IDH de 22% no Sul da Ásia e de 24% na
África Subsaariana.
Wikimedia Commons
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Eles dão exemplo de cuidado com o ambiente e as pessoas
Quais países dão exemplo de sustentabilidade? Que melhor
cuidam de seus recursos naturais, garantindo a vitalidade dos
ecossistemas, além de saúde e bem estar para a população? A resposta
está no Environmental Performance Index (EPI), ranking bienal elaborado
por uma equipe de especialistas das universidades americanas de Yale e
de Columbia.
Em sua mais recente edição, lançada esta semana durante o
Fórum Econômico Mundial de Davos, o ranking classificou 178 países com
base em 20 indicadores distribuídos por 9 categorias: critérios de saúde
ambiental; poluição do ar; recursos hídricos; biodiversidade e habitat;
recursos naturais; florestas; energia e clima, entre outros. E cada
categoria possui pesos diferentes.
Brasil
O Brasil ocupa o 77º lugar no ranking. O país somou 52.97
pontos de 100, bem distante da líder Suíça, que fez 87.67 pontos. Na
análise por categoria, o país apresentou melhor desempenho no quesito
qualidade do ar, com 97.67 pontos. Mas se saiu pior na preservação de
recursos florestais, levando um vexatório 10 de 100 pontos, o que coloca
o Brasil como o 115º país que melhor cuida de suas florestas.
http://exame.abril.com.br/
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