Catarino dos Santos Costa, uma das lideranças do quilombo Cruzeiro foi ameaçado pelo Policial Militar sargento Daniel, comandante do destacamento militar de Palmeirândia. No dia 16 de julho de 2011, por volta das 18hs00min, enquanto se dirigia à sua residência, no quilombo Santo Antônio, foi abordado pelo policial militar, acompanhado de outros dois a bordo da viatura policial que, depois de agredi-lo com palavras de baixo calão, passou a ameaçar que o espancaria.
Em meio às agressões o sargento Daniel ordenou que Catarino dos Santos juntasse e entregasse a ele o facão que este jogara no chão no momento da abordagem. O que foi imediatamente recusado. O Sargento cessou então as ameaças com a promessa de que ainda o conduzirá preso à Delegacia.
Queira o sargento “justificar” e garantir a alegação de “legítima defesa” ao ordenar que Catarino entregasse a ele o facão? Há em andamento a construção de um plano sórdido para uma prisão em flagrante? Com a palavra os Órgãos Públicos que atuam na defesa dos Direitos Humanos.
A ação do sargento Daniel agrava ainda mais o conflito à medida que revela a serviço de quem está a policia militar. Daí a dificuldade encontrada pelos quilombolas para fazerem o registro das violências praticadas contra eles ao longo do conflito com o latifundiário Manoel de Jesus Martins Gomes, pai e procurador da latifundiária Noele Gomes, acusado de ser o mandante da execução de Flaviano Pinto Neto, líder do quilombo Charco-Juçaral, município de São Vicente Ferrer, em 30 de outubro de 2010.
Os quilombolas já sofreram três despejos ordenados pelo juiz Sidney Cardoso Ramos. Sendo que último foram incendiadas 40 linhas de roça. Até o momento a resolução do conflito não passou de promessas feitas pelo governo federal.
Para nós está claro que os governos estadual e federal são responsáveis caso ocorra algum atentado contra a vida desse valoroso companheiro.
Por: Comissão Pastoral da Terra - MA
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