A agricultura irrigada consome 72% de todos os
mananciais hídricos do país e não fazem investimentos para a preservação
das fontes. O agronegócio protegido pela presidente Dilma Rousseff é um
dos principais responsáveis pela crise.
No ano de 2000, a Organização das Nações Unidas fez uma
importante advertência para os problemas que viriam com as constantes
mudanças climáticas que poderiam proporcionar a falta de água em
diversos países do mundo a partir do ano de 2025. A Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil promoveu imediatamente uma Campanha da
Fraternidade, levando a público um amplo debate sobre a preservação das
fontes naturais, da racionalidade de consumo e da necessidade de criação
de tecnologias para o enfrentamento futuro dos problemas iminentes
anunciados pela ONU.
Foi a partir do ano 2000, que empresas multinacionais
começaram a comprar fontes de águas naturais e minerais, com destaque
para a Coca-Cola, hoje detentora da maioria delas. A crise hídrica que
hoje domina vários Estados da Federação, já era enfrentada em alguns
continentes. Por inúmeras vezes, entidades de preservação ambiental da
região amazônica chegaram a denunciar que navios estrangeiros de grande
porte estavam carregando água dos rios Amazonas, Negro e Solimões. Ela,
depois de passar por vários processos são engarrafadas e vendidas em
diversas partes do mundo. As denuncias não foram levadas a sério pelos
governos estaduais da região Amazônica e muito menos pelo governo
federal.
Diante da séria realidade que está instalada nos principais
Estados da região Sudeste, com riscos iminentes de racionamento grave
para o consumo da população e os problemas que serão gerados na produção
agrícola, na pecuária e na indústria, as autoridades esperaram o fato
acontecer e como sempre desprezam a prevenção.
A verdade é que com os avanços cada vez maiores do
agronegócio, a agricultura é responsável por 72% de todo o consumo de
água no país. A pecuária responde por 11%, o abastecimento urbano, que é
água que chega aos consumidores residenciais é de 9%, a indústria
responde com 7% e 1% representa o consumo rural.
As advertências feitas pela ONU foram levadas em
consideração pelas empresas multinacionais, com destaque para a
Coca-Cola, que não terá maiores dificuldades para a industrialização dos
seus produtos e naturalmente com a lei da oferta e da procura deverá
naturalmente fazer correções de preços. Pelo menos no Maranhão, onde
ainda não há riscos iminentes de escassez da água, ainda não foi
colocado um plano de combate ao desperdício e preservação dos nossos
mananciais, das matas ciliares dos nossos rios e o desenvolvimento de
uma politica racional e de reaproveitamento da água pelos grandes
projetos do agronegócio e da indústria. Em nossa capital, o desperdício é
muito grande e o furto do produto é descarado, daí a necessidade
urgente de ações e campanhas de conscientização.
http://blog.oquartopoder.com/aldirdantas/
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