quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Embarcações do Maranhão podem ser tombadas pelo Patrimônio Histórico

Iphan avalia proposta de tombamento em reunião de seu conselho consultivo, hoje e amanhã, no Rio de Janeiro

Embarcações em Guimarães/MA ( Foto: Edmilson Pinheiro)

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) vai avaliar – em reunião do conselho consultivo nacional do órgão, que ocorre hoje (9) e amanhã (10), no Rio de Janeiro – o possível tombamento de patrimônios navais, como as embarcações típicas do Maranhão.

Diferenciadas de outras pela originalidade de suas formas, as embarcações maranhenses tradicionais ainda fazem parte do cotidiano dos moradores de muitas comunidades ribeirinhas e costeiras do estado.


De acordo com um dos maiores pesquisadores do patrimônio naval do Maranhão, Luiz Phelipe de Carvalho Castro Andrès, há ao menos quinze tipos diferentes de embarcações maranhenses: cúter, bote proa de risco, biana, igarité, boião, iate, casquinho, casco, lancha de Timon, canoa de Nova Iorque, canoa de Benedito Leite, canoa de Tasso Fragoso, gambarra, rabeta e canoa de um pau.


Luiz Phelipe realizou o projeto “Embarcações do Maranhão”, na década de 80, que teve como decorrências naturais o livro “Embarcações do Maranhão – Recuperação das Técnicas Construtivas Tradicionais Populares” (1996) e o projeto do Centro Vocacional Tecnológico Estaleiro-Escola.

Inaugurado em 2006, no Sítio Tamancão, às margens do Rio Bacanga (São Luís), o Estaleiro-Escola é o primeiro e único centro de treinamento em carpintaria naval do Brasil. É ligado à Universidade Virtual do Maranhão (Univima).


Seu papel – de preservar as tradicionais técnicas de construção de embarcações artesanais maranhenses – certamente será estimulado caso o Iphan dê aos peculiares barcos do Maranhão o status de patrimônio histórico.


Patrimônios navais de outros estados – como Bahia, Sergipe e Rio Grande do Sul – e o acervo do Museu do Mar, em São Francisco do Sul (SC), também terão as propostas de tombamento avaliadas.


(Com Folha Online)
Por: Oswaldo Viviani
http://www.jornalpequeno.com.br/

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