terça-feira, 19 de novembro de 2013
Grande Ilha de São Luís tem noventa sítios arqueológicos
Um levantamento iniciado no fim do ano passado pela Superintendência Regional do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) apontou a existência de, pelo menos, 90 sítios arqueológicos na Grande Ilha de São Luís, sendo a maior parte constituída por áreas não habitáveis.
Entre os sítios estão: Bacanga (datado de 6.600 anos e considerado o mais antigo da capital maranhense), Panaquatira (cuja origem data de 5.800 anos), Paço do Lumiar (de 2.000 anos), Sítio Maiobinha I (de 4.100 anos), Vinhais Velho (de 100 a.C ao século XVII d.C), Maracanã (2.100 anos), Maracanã (2.100 anos) e Santo Antônio (nas proximidades da Praia de Boa Viagem e ainda sem datação).
Ainda segundo o Iphan, essa e outras conclusões constituirão o Zoneamento Arqueológico da Ilha de São Luís, estudo que fará a gestão de áreas que preservam parte da história da cidade e cuja conclusão será efetuada no primeiro semestre do ano que vem.
Segundo a superintendente do Iphan no Maranhão, Kátia Bogéa, o mapeamento dos sítios em São Luís será fundamental para constatar quais áreas com valor histórico são, no momento, habitadas indevidamente.
“Essas áreas serão separadas e, em seguida, os proprietários com alguma construção nesses espaços receberão notificação para regularizar suas situações. É necessário dar entrada, junto ao órgão responsável, em um processo de licenciamento ambiental e, em seguida, encaminhar esse documento ao Iphan para que seja emitido o parecer arqueológico”, disse Kátia.
CONDIÇÕES – Um dos responsáveis pelas escavações, o arqueólogo Arkley Bandeira, informou que são necessárias algumas condições para que uma área seja considerada sítio arqueológico.
“Primeiramente, é importante que o arqueólogo constate alguma evidência de atividade humana naquela localidade, saber se existem, efetuadas as escavações, objetos de distinta natureza. Feita essa análise inicial, parte-se para a pesquisa de campo, para saber em quais condições históricas aquele objeto foi parar naquele sítio. Indo por essa vertente, chega-se à conclusão sobre as populações que se estabeleceram na região”, disse.
(G1 Maranhão)
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