terça-feira, 2 de outubro de 2012
MA: Crime ambiental na Baixada
Educadores e educadoras,
Um crime ambiental está sendo praticado por empresários do Sul do País, no município de Cajari, com o arrendamento de terras para o plantio de arroz nas áreas dos campos inundáveis. Os invasores plantadores de arroz estão construindo canais de drenagem nas águas do Baixo Parnauaçu, que é um grande alagadiço do qual as populações ribeirinhas tiram seu sustento.
Esses canais impedem o repovoamento de peixes das mais diversas espécies que migram do rio Pindaré, que são o sustento de milhares de famílias da região.
"O igarapés Jejui, Ilha dos Bois e Parnauaçu, que estão citados na Lei Orgânica dos Municípios como Área de Preservação Ambiental (APA), desaparecerão com a construção de valas nas cabeceiras desses afluentes. Eis, o crime!
Além dos venenos lançados pelas aeronaves atingirão as casas em torno dos campos de plantação, com oconseqüências ainda imprevisíveis para as crianças, jovens, adultos e idosos. Os animais, tais como: jurará, jacaré, marreca, jaçanã, japiaçoca, jaburu e outros desaparecerão. É um crime ambiental sem precedentes", protestou.
A destruição do meio ambiente e o conflito entre a população e os plantadores de arroz inescrupulosos pode agravar mais ainda a situação.
Quando se visita um mercados nesses lugares, percebe-se logo a pobreza causada pela monocultura. Isso já aconteceu em Balsas, no Sul do Maranhão.
No mercado de Balsas não tem mais nada. Quando éramos crianças andávamos por lá, como era alegre, colorido pelas frutas.
Agora com o império da monocultura do arroz ou da soja, o mercado se empobrece, a população se empobrece, desaparece os frutos nativos. Na região que fica Cajari é a bola da vez. Lá tem uma associação de moradores que ainda é resistência. Porém, o poder público se aliou aos praticantes da monocultura.
Por: Luís Câmara-CIEA
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