sexta-feira, 29 de outubro de 2010

ICMBio estuda criação de reserva extrativista na Baixada Maranhense


Município de Penalva/MA

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) vai contratar três consultores para elaborar estudos complementares para a criação de uma unidade de conservação federal no Estado do Maranhão - a Reserva Extrativista (Resex) Enseada da Mata, na região da Baixada Maranhense, município de Penalva. O contrato deve ser assinado nos próximos dias.



Os consultores terão, entre outras tarefas, a de fazer o levantamento e a caracterização da situação fundiária do local onde será criada a reserva. Entre outras coisas, deverão produzir relatório com toda a documentação impressa e eletrônica da área de estudo para a criação da Resex.



Os consultores terão ainda que levantar os dados georeferenciados das ocupações das comunidades residentes na área. Outro trabalho será o mapeamento dos tipos fitofisionômicos (aspecto da vegetação de um lugar, flora típica de uma região) originais e remanescentes da bacia hidrográfica do rio São Francisco e dos biomas Cerrado e Caatinga, bem como a avaliação da representatividade deles nesses biomas.


Ascom/ICMBio

(61) 3341-9280


Projetos Especiais /ICMBio

(61) 3341-9448

por: Thiago de Mello Bezerra
http://www.icmbio.gov.br/

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

60 milhões de empregos resultam de pesca em rios e lagos

Programa da ONU para o Meio Ambiente disse que setor precisa ser dirigido para geração de estabilidade alimentar e de receitas.


As Nações Unidas estão a pedir uma gestão maior no setor da pesca em águas interiores.


Segundo o Programa para o Meio Ambiente, Pnuma, a pesca em lagos e rios gera cerca de 60 milhões de empregos em todo o mundo.


Mudança de clima

De acordo com o Pnuma, o setor deve ser administrado para gerar estabilidade alimentar e receitas. A declaração faz parte de um relatório, divulgado nesta sexta-feira, pelo órgão, em Nagoia, no Japão.


As mudanças ambientais ameaçam os futuros stocks de peixes apesar dos mais de 40 anos de produção estável a nível global.

O pescador artesanal José Guilherme de Souza, da Colónia de Pescadores Z-08 de Fortaleza, no Brasil, disse à Rádio ONU, que nos últimos anos, com a diminuição dos cardumes, os profissionais trocaram a pesca industrial pela artesanal.

Pesca artesanal


"A quantidade de peixe, lagosta, vem diminuindo porque na realidade a pesca industrial, aqui do estado do Ceará, que era o barco de 50 toneladas, foi extinta. Passou todo mundo para a pesca artesanal que é feita com jangadas, lancha de pequeno porte, canoas. Passa uma semana no alto mar pescando lagosta e peixe de primeira como sirigado, cavala, pargo, garoupa, cioba e outros peixes", contou.


O relatório do Pnuma aponta aspectos como urbanização, construção de estradas, poluição, mudança climática e lixo nas águas internas de pescaria como algumas das ameaças diretas para os peixes.


Migraçao de peixes


Cerca de 100 milhões de pessoas em África dependem desse alimento para sobreviver.


Uma das propostas do Pnuma consiste na construção de novas barragens em locais onde o seu impacto sobre o ecossistema dos rios seja menor para permitir a migração de cardumes.


Por: Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque
www.unmultimedia.org

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

MA: AL promulga Política Estadual sobre Meio Ambiente

Foto: Fórum Carajás

A Assembleia Legislativa promulgou, na sessão desta quarta-feira (27), o projeto de lei de autoria do deputado Alberto Franco (PMDB), que implementa o Plano Estadual e a Política Estadual de Educação Ambiental. A proposta é resultado de mais de um ano de várias discussões com especialistas no assunto, assim como representantes da sociedade civil.



Além dos parlamentares, a cerimônia de promulgação contou com a presença na Casa de educadores, pesquisadores e especialistas, além do secretário estadual de Meio Ambiente, Washington Rio Branco.


Autor da proposta, Franco lamentou que até esta terça-feira o Estado não possuísse um Plano Estadual de Educação Ambiental. Ele afirmou que com a promulgação da nova lei o Estado deu “um passo significativo” na área ambiental, mas que é “difícil entender porque o cidadão passa no terreno baldio, para o seu carro e joga o lixo dentro do terreno. É difícil entender porque que as pessoas, as empresas, as entidades e o Poder Público degradam o meio ambiente”. O parlamentar disse que como presidente da Comissão do Meio Ambiente trabalhou junto com os ambientalistas no sentido de defender o meio ambiente, para contemplar a sociedade maranhense com uma política de proteção ambiental.


“Juntos fizemos o Código de Postura das Praias que um dia vai ser efetivado, o Código de Gerenciamento Costeiro, o Eco Assembleia, a proteção do Rangedor e o Fundo Especial de Preservação do Manancial de Águas Doces”, lembrou o parlamentar. Franco também de outras iniciativas parlamentares. “Esse resultado só foi possível porque a Assembleia Legislativa teve a sabedoria, através da Comissão de Meio Ambiente, de conviver com os ambientalistas, de conviver com as entidades que efetivamente defendem o meio ambiente, de forma concreta, no Estado do Maranhão, sem fins políticos ou politiqueiros, são pessoas provindas de único sentimento defender o meio ambiente”, assegurou.


Os deputados Helena Heluy (PT), Marcos Caldas (PT do B) e Antônio Bacelar (PV) fizeram partes ao pronunciamento de Alberto Franco, também enaltecendo as matérias aprovadas pela Assembleia. Franco aproveitou o balanço que realizou de suas atividades parlamentares para anunciar também que vai apresentar requerimento pedindo a realização de uma sessão especial, no dia 9 de novembro para, com o secretário de Educação do Estado, Anselmo Raposo, discutir a implantação das escolas em tempo integral, das Escolas Verdes e o Programa de Capacitação e Formação de Professores.
 
Por: Waldemar Têrr- Agência Assembleia
http://www.al.ma.gov.br/

Governo limita pesca de sardinha e lagosta

País monitora pequena parte da frota via satélite e coleta dados em barcos por meio de observadores de bordo


Para ordenar a pesca no País, o governo dispõe de ferramentas tradicionais, como o defeso (período em que a captura de uma determinada espécie é proibida) e a criação de Unidades de Conservação Marinhas, e outras mais modernas, como o embarque de observadores nos barcos e o monitoramento da frota por satélite. O defeso, por exemplo, foi adotado para a sardinha-verdadeira, cujo estoque quase entrou em colapso. Também houve restrições à pesca da lagosta e do camarão-rosa.



No caso da sardinha-verdadeira, o governo decidiu agir porque o volume pescado caiu de 117 mil toneladas em 1997 para 17 mil em 2000. Hoje a espécie tem dois períodos de defeso: no meio e no fim do ano. Em 2009 foram pescadas 83 mil toneladas.

“A sardinha é uma espécie que se recupera rapidamente. É só tomar medidas sérias”, diz Jose Angel Alvarez Perez, da Univali.


Com a lagosta foram necessárias atitudes mais drásticas. “Tivemos de substituir as redes usadas pelos pescadores por armadilhas. Compramos 10 mil quilômetros de redes. Mas, segundo os dados do Ministério do Meio Ambiente, teríamos de tirar 6 mil embarcações de circulação. Então abrimos linhas de crédito para que os pescadores pudessem continuar no mercado pescando outra espécie”, diz Cleberson Carneiro Zavaski, do Ministério da Pesca e Aquicultura.

O gerente de Biodiversidade Aquática do Ministério do Meio Ambiente, Roberto Gallucci, prega a ampliação da experiência dos observadores de bordo, que coletam dados sobre o que é pescado, onde e em qual volume. A presença desses técnicos é obrigatória nos barcos estrangeiros que pescam na costa do País em regime de arrendamento. “Os observadores deveriam estar nas principais frotas industriais do País”, diz. “Além disso, as informações que eles coletam precisariam ser mais bem analisadas para servirem de ferramenta na gestão pesqueira.”

No rastreamento por satélite, o problema é a falta de abrangência. Da frota de 70 mil barcos estimada pelo governo, só 1.500 contam com o sistema.


Uma política defendida por dez entre dez ambientalistas é a criação de áreas marinhas protegidas. O compromisso internacional adotado pelo Brasil para conter a perda de biodiversidade até 2010 era o de conservar, no mínimo, 10% da área de ecossistemas marinhos por meio de unidades de conservação (UCs). Mas, de acordo com o MMA, apenas 1,5% da zona costeira e marinha está protegida.

“A maioria delas é de uso sustentável e uma boa parte existe só no papel e tem pouca efetividade no tocante à proteção da biodiversidade. E, no entanto, são as UCs que vão permitir a recomposição dos estoques”, afirma Leandra Gonçalves, coordenadora do Greenpeace.

O baixo índice de áreas protegidas não é “privilégio” brasileiro. Só 1,17% das áreas marinhas mundiais são preservadas – aproximadamente 4,2 milhões de quilômetros quadrados de oceano, de acordo com o relatório Global Ocean Protection.


“As maiores lacunas de UCs marinhas estão nas áreas temperadas e polares, extremamente sensíveis”, afirma a autora do estudo, Caitlyn Toropova. “E mais da metade das UCs existentes carecem de um gerenciamento efetivo, com financiamento, planos de manejo e pessoal treinado para a preservação.”
 
Por: Karina Ninni - Especial para o Estado
http://www.estadao.com.br/

Censo Aquícola deve ser concluído em dezembro

88% dos municípios maranhenses já foram recenseados pelos coletores.
Foto: divulgação

 SÃO LUÍS - O mapeamento da atividade aquícola no Brasil, realizado por meio Censo Aquícola, está chegando a sua reta final. No Maranhão, com 640 km de litoral, as atividades de coleta iniciaram-se em outubro do ano passando. Foram contratados oito especialistas em pesquisas de campo, chamados de coletores de dados. Eles estão entrevistando aquicultores em todas as regiões do estado.



O censo é uma iniciativa do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). É realizada em parceria com o Órgão das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e tem o apoio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dos governos estaduais. A meta é fazer um levantamento da situação atual da produção aquícolas no Brasil.


A Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), por meio dos escritórios regionais das agências Estaduais de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Agerp) e de Defesa Agropecuária (Aged), está dando o suporte para os coletadores em campo. Cerca de 88% dos municípios maranhenses já foram recenseados pelos coletores.


Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Afonso Ribeiro, o Censo Aquícola vai contribuir para um planejamento nas ações de políticas públicas no Maranhão “Os dados coletados e analisados irão subsidiar a elaboração de políticas públicas de sustentabilidade para os aquicultores”, afirmou.


De acordo com o coordenador do censo no Maranhão, Fernando Bergmann, por determinação da Coordenação Nacional, os dados coletados somente serão disponibilizados após a conclusão e análise em todo território nacional.


A coleta de dados está sendo supervisionada por 26 coordenadores estaduais e cinco coordenadores regionais. Eles são responsáveis pelo acompanhamento da coleta e validação na Base de Dados Georreferenciada do MPA, em Brasília. Já foram visitadas cerca de 25.000 propriedades no Brasil, o que mantém atividades aquícolas, com uma cobertura de cerca de 80% do território nacional.


Tecnologia de Ponta

Visando dar maior celeridade e qualidade ao processo de coleta, sistematização e consolidação das informações, as entrevistas com os aquicultores estão sendo feitas com auxílio de computadores portáteis de mão (PDAs) com Sistema de Posicionamento Global por satélite (GPS) embutido.


À medida que os dados são enviados, são logo analisados e consolidados pela equipe técnica da Coordenação Geral de Estatística e Informação (COGESI) da Diretoria do Ordenamento, Cadastro e Estatística (DICAP), do MPA, em Brasília. Depois de finalizados os trabalhos em todo território nacional, o resultado será disponibilizado ao público.


Fernando Bergmann destacou a importância, para o MPA, do apoio que a Sagrima está dando para a realização do censo no Maranhão, por meio da Agerp, Aged e da Superintendência de Promoção e Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura.


“Com esse apoio, a secretaria está contribuindo na elaboração de políticas mais eficientes para o desenvolvimento do setor, iniciativa que vai melhorar a cadeia produtiva, qualidade dos produtos e o acesso a assistência técnica, dinamizando a produção maranhense e nacional”, acrescentou Bergmann.


O que é Aquicultura


A aquicultura é o processo de produção, em cativeiro, de organismos com habitat predominantemente aquático, tais como peixes, camarões, mexilhões, ostras, rãs, entre outras espécies. Tem como principais áreas a produção de crustáceos, algas, moluscos e peixes.


As informaçõe são da Secom do Estado.
http://imirante.globo.com/

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

MA: Deputada defende pressão parlamentar para criar a Resex do Taim


                                Imagem 01:    Porto do Taim (Foto: Fórum Carajás)


A defesa do meio ambiente deve unir forças na Assembleia Legislativa para evitar desastres ambientais no Maranhão. Pelo menos é o que deseja a deputada Helena Barros Heluy (PT), que, falou, durante discurso sobre a criação da Reserva Extrativista de Tauá-Mirim e manifestando apoio à fala de seu colega Marcos Caldas (PRB) sobre o risco de contaminação ambiental nos tanques de lixo tóxico da Alumar.



A parlamentar é autora de Indicação que cria a Resex de Tauá-Mirim, reivindicada por movimentos sociais para recuperar e preservar os recursos naturais, contribuindo também para a conservação das nascentes e do lençol freático ainda saudável, naquela região, além de planejar o uso dos recursos naturais disponíveis na área da reserva e no seu entorno.



Helena lembrou que, durante a Mesa Redonda sobre Meio Ambiente e Justiça Social, na Assembleia Legislativa, as comunidades de Tauá-Mirim lançaram apelo para que a classe política maranhense se empenhe no processo de criação da reserva, que está tramitando na Casa Civil da Presidência da República. O pedido foi reforçado durante encontro que reuniu pessoas das comunidades, religiosos, militantes do meio ambiente, entre os quais, Guilherme Zagallo, vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Maranhão.



“E ali, eu parecia até estar ouvindo ecoar, ainda, a voz tonitruante do professor José Nascimento de Morais, que, no inicio dos anos 80, já gritava nos cantos, nas esquinas, contra a implantação da Alcoa, pelo que ela trazia de agressão ao meio ambiente”, recordou Helena.



A deputada disse que os testemunhos dos moradores são impressionantes e salientou que grande parte do alimento que chega à mesa dos maranhenses vem daquela região, caso do pescado, da juçara, do buriti, do caranguejo, dos ingredientes do arroz de cuxá e lembrou que, além de contribuir para o abastecimento de alimentos, esses espaços têm o caráter de lazer e atração turística, mas estão na mira dos grandes empreendimentos e do agronegócio.



“Até mesmo daquilo que é terrível e doloroso, a grilagem, ainda aqui na ilha de São Luis”, disse com indignação, conclamando os parlamentares a fortalecer o pedido de criação da Resex de Tauá-Mirim, intermediando junto à Casa Civil, cada um a partir de seus conhecimentos políticos, para que seja dada prioridade a essa reivindicação.
 
Por: Assecom / Gab. da dep. Helena Barros Heluy
www.al.ma.gov.br

Carta do Seminário sobre Território Pesqueiro

Pescadores e Pescadoras Artesanais Afirmam Identidade e Território como Eixo Central
Imagem 01: Pescadores em Carutapera/MA ( arquivo Fórum Carajás)


Nós, pescadores e pescadoras artesanais, agentes de pastorais sociais, representantes de entidades e movimentos sociais presentes no Seminário Nacional sobre Território Pesqueiro, realizado nos dias 21, 22 e 23 de Outubro de 2010, em Olinda/PE, após uma profunda reflexão da situação em que se encontram os territórios pesqueiros no Brasil (como espaço de moradia, reprodução cultural e de existência da pesca), ecoamos nossas vozes por todo o Brasil e, com indignação, denunciamos as destruições e ameaças que o sistema econômico capitalista, neoliberal, está impondo aos recursos naturais e ao processo de reprodução física e cultural das comunidades pesqueiras. Assim sendo, nos posicionamos em defesa da vida e da manutenção do patrimônio cultural da pesca artesanal.

Denunciamos: o violento processo de expropriação dos territórios pesqueiros pelos grandes grupos empresariais com o apoio e conivência do Estado. Empreendimentos hoteleiros, atividades de mineração, extração de madeiras, atividades de aqüicultura, o avanço das obras do PAC/Programa de Aceleração do Crescimento – entre estas, a transposição das águas do rio São Francisco, os parques eólicos, expansão da indústria naval, a construção de barragens\hidroelétrica que impedem o ciclo natural de reprodução dos peixes e desconsidera a cultura e originalidade das comunidades, remanejando-as de seus territórios e o latifúndio/agronegócio, são exemplos de atividades que cercam e envenenam as terras e territórios pesqueiros, e impedem as comunidades de ter acesso às águas dos rios, mares e lagoas.


As diversas espécies de peixes e crustáceos estão sendo exterminadas, assim como as nascentes de nossas águas. Esses grupos e empreendimentos estão intensificando a exploração dos recursos naturais com base no modelo de desenvolvimento econômico descomprometido com a vida nas mais variadas dimensões, estão descartando os seres humanos junto com o desmatamento/destruição dos manguezais, das matas ciliares e dos diversos biomas.


Repudiamos o discurso do governo, especialmente do Ministério da Pesca e Aquicultura, de que a pesca artesanal está fadada a extinção. Esta é uma estratégia de negar a identidade, a territorialidade e a importância sócio-política, econômica e cultural das comunidades pesqueiras artesanais. Tal estratégia está associada à política de privatização das águas e dos espaços tradicionalmente ocupados por estas comunidades .

O que garante os nossos direitos são as nossas lutas, e não as leis em si mesmas! Nesta perspectiva, reafirmamos o nosso protagonismo na luta pela garantia de nossos territórios, pela eficiência dos marcos legais existentes, bem como pela construção de outros para que o Estado brasileiro proteja e assegure a permanência de nossas comunidades em seus territórios tradicionais.

Exigimos: que seja considerado e reconhecido pelo Estado toda a diversidade e riqueza de identidade da pesca artesanal, para a implementação de políticas especificas; a identificação e regularização do território pesqueiro; o reconhecimento da pesca artesanal como patrimônio histórico-cultural; a recuperação e preservação da biodiversidade da fauna e da flora nos territórios pesqueiros, bem como, acelerar a criação de RESEX, RDS e APAs.


Saímos do Seminário com o compromisso de contribuir com nossas comunidades a se firmarem no cultivo e resgate de suas identidades/tradições, e com a disposição de fortalecer nossa organização enquanto Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais, em meio à luta pela garantia dos territórios pesqueiros no Brasil. Conclamamos a todos os Movimentos Sociais e Pastorais Sociais a se unirem nesta luta!


No Rio e no Mar – Pescadores na Luta!



Nos Açudes e Barragens – Pescando Liberdade!



Hidronegócio – Resistir!



Cerca nas Águas, Derrubar!



Olinda/PE, 23 de Outubro de 2010

http://racismoambiental.net.br/

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Festival Manguezais do Brasil sera realizado no Maranhão

Intercâmbio de Fazeres e Saberes

Sejam bem vindos Povos da Maré
Os manguezais são ecossistemas de grande importância socioambiental, e precisam ser reconhecidos pela sociedade civil, gestores públicos e instituições de ensino e pesquisa como ecossistemas que apresentam também grande valor econômico e cultural. Desta forma, este evento pretende promover a difusão de conhecimentos tradicionais gerados nesses ecossistemas, sua riqueza cultural, sua biodiversidades e seus impactos. Pretende também, promover a educação ambiental, expor a cultura existente das diversas comunidades que vivem no manguezal, promover a mobilização e a integração social, a educação ambiental envolvendo a música, teatro, dança, exposições, competições e apresentações ligadas ao meio ambiente do Manguezal constituindo uma rede “Manguezal do Brasil.”

O evento proposto visa sensibilizar a opinião pública nacional em relação aos bens e serviços associados aos ecossistemas manguezais, e importância e conhecimento ancestral dos povos e populações tradicionais que dependem deste ecossistema e vem, historicamente, manejando de maneira sustentável e lutando por sua conservação.

O Festival Manguezais do Brasil acontecerá em São Luís do maranhão, função de ser a capital do Estado da Federação que abriga a maior área de manguezais do país, bem como, a maior porção do maior “cinturão” de manguezais do mundo, os manguezais amazônicos, que compreendem o litoral do Maranhão, Pará e Amapá.
Rancho (Foto: Bruno Gueiros)


Nossos convidados:


Lideranças dos pescadores artesanais, marisqueiras, catadores de caranguejo de Reservas Extrativistas e de Áreas de Proteção Ambiental; membros da Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas Costeiro – Marinhas; Gestores das Unidades de Conservação; representantes da Articulação de Mulheres Pescadoras; Conselho Pastoral dos Pescadores; Instituto Terramar; Professor Carlos Diegues – NUPAUB; Instituto Emilio Goeldi; Fórum Carajás; Instituto Mangue Vivo; Centro Josué de Castro; Fundação Joaquim Nabuco; PNUD; Embaixada da Noruega; Rede Mangue Mar; Conservation International Brasil; Ministério do Meio Ambiente; Ministério da Cultura; Fundação Natura; SOS Mata Atlântica; Petrobrás; Fundação Vale; FUNBIO; IAP/PR; FNMA; TAMAR; CEPENE; CEPSUL; CEPNOR; CMA; IPHAN ; CONAB; EMBRAPA; IDEFLOR/PARÁ; Membros da CNPCT; OEMAS; IBAMA; MPA; SIPAM – Gerência Belém; Governo do Estado do Maranhão; Instituições de Ensino Superior; Secretaria de Patrimônio da União; INCRA; MDS e Fundação Palmares.


Aqui está a programação do evento, algumas atividades ainda precisam ser confirmadas, desta forma esta programação está sujeita à modificações.


24.11.2010

08:00 h

Ida a comunidade do Taim

Tambor de Crioula do Taim

Competição de Cata de Caranguejo de várias modalidades

12:00 h

Almoço na comunidade – Intercâmbio Gastrônomico

16:00 h

Visita ao Estaleiro Escola

17:00 h

Retorno ao Hotel

20:00 h

Mistureba (vários grupos culturais)



25.11.2010

08:30 h

Mistica

09:00 h

Palestra Povos da Maré e apropriação dos seus territórios

10:00 h

Merenda

10:20 h

Apresentação da Proposta de Ordenamento da Cata do Caranguejo-Uça

11:00 h

Oficinas de Trabalho para elaboração de proposições

13:00 h

Almoço

15:00 h

Música na Praia Grande/Feira e Lançamento de livros/revistas/publicações



26.11.2010

08:30 h

Dinâmica

09:00 h

Painel de Oportunidades (empresas e instituições parceiras) com possibilidade de investimentos em manguezal)

11:00 h

Almoço

14:00 h

Lançamento do concurso de slogan e resultado do concurso de fotografia

15:00 h

Encaminhamentos

17:00 h

Encerramento com batucada e merenda


ATENÇÃO


Para fazer sua inscrição no Festival Manguezais do Brasil faça o download da ficha de inscrição através do endereço

http://www.divshare.com/download/12925937-18b


e envie para o e-mail: manguezaisbrasil@yahoo.com.br
Qualquer dúvida ou informação ligue para (98) 3221-8167

Temos 150 vagas disponíveis, e o valor da inscrição é R$30,00
Por: Festival Manguezais do Brasil
http://festivalmanguezaisdobrasil.blogspot.com/

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A biodiversidade na Zona Costeira e Marinha do Brasil

Com extensão superior a 8.500 km, Zona Costeira brasileira constitui uma região de transição ecológica e desempenha importante papel no desenvolvimento e reprodução de espécies, bem como nas trocas genéticas entre os ecossistemas terrestres e marinhos



Divulgação



A Zona Costeira e Marinha brasileira é uma das principais áreas de tráfego de riquezas do País. Apresenta intensa atividade de comércio e transportes, além de sofrer alto impacto ambiental causado pela exploração de petróleo. A região abrange 17 estados, e sua faixa continental abriga 13 das 27 capitais brasileiras, incluindo algumas das principais regiões metropolitanas, onde vivem milhões de pessoas.




A concentração populacional indica alto grau de intervenção humana (ou antrópica) nos recursos naturais do bioma. Segundo dados da Comissão Interministerial para Recursos do Mar (CIRM), aproximadamente um quarto da população brasileira vive na zona costeira, somando 50 milhões de habitantes.



A parcela marinha da zona abrange uma área de aproximadamente 3,5 milhões de km2, integrada pelo mar territorial brasileiro, ilhas náuticas e oceâncias, pela plataforma continental e pela Zona Econômica Exclusiva, cujo aumento de 712 mil km2 em seus limites - além das 200 milhas náuticas originais - está sendo pleiteado pelo País junto à ONU.



Embora o Brasil tenha sido a nação do mundo que mais criou áreas de conservação nos últimos 10 anos, sua região marinha é a menos protegida. Apenas 1,57% dos 3,5 milhões de km2 de mar sob jurisdição brasileira está sob proteção em unidades de conservação.



Variedade - A biodiversidade marinha presente na zona costeira do País é relativamente pouco conhecida. Muitas regiões, ecossistemas e ambientes ainda precisam ser inventariados adequadamente. Ainda assim, o número de espécies de peixes catalogadas no bioma varia entre 705 e 1.209, considerando-se aquelas de áreas de estuário.


Os mamíferos marinhos somam 57 espécies, e os cetáceos (baleias e golfinhos) chegam a 53. Deste grupo, quatro animais estão em estado de risco: a baleia-franca, a jubarte, a franciscana ou toninha e o boto-cinza. Das quatro espécies da ordem Sirenia existentes no mundo, duas ocorrem no Brasil, uma delas o peixe-boi-marinho, mamífero aquático mais ameaçado de extinção.


Mais de 100 espécies de aves estão associadas ao bioma costeiro e marinho. Algumas são residentes e outras, migrantes. Além do guará, espécies ameaçadas de extinção vivem e se reproduzem na Região Norte. As ilhas costeiras das regiões Sul e Sudeste são sítios onde ocorre a presença do trinta-réis, da pardela-de-asa larga, do tesourão, do atobá e do gaivotão.



Das sete espécies de tartarugas marinhas conhecidas no mundo, cinco vivem em águas brasileiras: a cabeçuda ou amarela; a verde; a gigante ou de couro; a tartaruga-de-pente e a tartaruga-pequena. O Brasil possui, ainda, os únicos recifes de coral do Atlântico Sul. Das mais de 350 espécies de corais recifais do planeta, pelo menos 20 foram registradas no País, sendo que oito são encontradas apenas em nosso território. Nos manguezais brasileiros também podem ser encontradas, no mínimo, 776 espécies de peixes, aves, moluscos, plantas e artrópodos.

As principais ameaças à biodiversidade marinha nacional são a aquicultura, a pesca insustentável, a expansão de áreas urbanas e o turismo, além da poluição, redução dos recursos hídricos, corte de madeira de manguezais e mudanças climáticas.

A movimentação de navios de todo o mundo também contribui para o declínio da diversidade biológica marinha, pois favorece a entrada de espécies exóticas invasoras - a segunda maior causa da perda de biodiversidade em todo o mundo - por meio da água de lastro das embarcações, que, uma vez ancoradas, despejam na área brasileira as águas armazenadas recolhidas em outros países, repletas de espécies estrangeiras que disputam hábitats e nutrientes com as espécies silvestres locais.

Alerta - De acordo com o documento Panorama Global da Biodiversidade, lançado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), ecossistemas costeiros e marinhos continuam sofrendo a redução de sua extensão, ameaçando uma de suas funções básicas imprescindíveis, a absorção de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, fundamental na mitigação das mudanças climáticas globais.


Além de acolher uma ampla variedade de seres vivos, esses ecossistemas proporcionam serviços essenciais à sobrevivência humana, como alimentos, manutenção do clima, purificação da água, controle das inundações e proteção costeira, bem como o turismo e lazer. O relatório " A Economia de Ecossistemas e da Biodiversidade" ( TEEB, em inglês) estima que tais subsídios podem gerar um valor de cerca de US$ 14 bilhões de dólares anualmente. O cálculo envolve o valor potencial de produtos comercializados, como o pescado, além do valor adicional de serviços ainda não-comercializados, incluindo o sequestro de carbono e a proteção contra enchentes.


Metas e ações brasileiras- O MMA prevê lançar ainda este ano o Panorama da Conservação dos Ecossistemas Costeiros e Marinhos do Brasil, um retrato da biodiversidade marinha, suas ameaças, ações e projetos de conservação, que abordará os principais desafios para sua manutenção. A publicação lançará um alerta sobre a necessidade e a urgência de conservação da zona costeira e marinha do País.

A meta nacional estabelecida para conter a perda de biodiversidade no Brasil, até 2010, era de conservar, no mínimo, 10% da área de ecossitemas marinhos, que seriam protegidos por meio de unidades de conservação (UCs). De acordo com o Panorama Marinho, apenas 1,5% da zona costeira e marinha está protegida, e o bioma representa uma grande lacuna em termos de áreas protegidas no Brasil, consideradas um dos principais instrumentos de conservação. No bioma, existem 38 UCs de proteção integral e 64 de uso sustentável.



Outra importante iniciativa está relacionada à identificação de espécies ameçadas e à elaboração de planos de ação para recuperá-las. Para isso, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) está coordenando a avaliação do estado de ameaça de espécies marinhas. O objetivo é identificar a atual situação de grupos em risco ou ameaça de extinção, de forma a gerar informações técnico-científicas para a revisão da lista nacional de espécies ameaçadas. A partir destes dados serão feitos planos de ação e adotadas medidas que busquem reverter o estado de ameaça, visando a recuperação de populações marinhas.



Estoques pesqueiros - O maior esforço nacional no levantamento da biodiversidade marinha e da situação dos estoques pesqueiros foi promovido pelo Programa Revizee, que confirmou a baixa concentração de nutrientes em águas nacionais e sua consequente produtividade reduzida, que compromete os estoques pesqueiros.


De acordo com o coordenador de gestão de Recursos Pesqueiros do MMA, Roberto Gallucci, é importante conter impactos sobre manguezais e recifes de coral, como o desmatamento, a degradação desses ecossistemas e a sobrepesca, uma vez que são locais de reprodução, crescimento e alimentação de boa parte dos peixes marinhos. Em todo o mundo já desapareceram 27% dos recifes. Nos países em desenvolvimento, um quarto do pescado anual é capturado nos recifes de coral, o que torna esses ecossistemas responsáveis pelo sustento de cerca de 1 bilhão de pessoas somente na Ásia.


"É fundamental promover a gestão eficiente, a recuperação e uso sustentável dos recursos pesqueiros", afirma Gallucci. "Preocupa muito o quadro dos impactos ambientais no bioma costeiro e marinho. Por isso, será necessário adotar mecanismos de recuperação e conservação dos estoques pesqueiros, entre os quais, o estabelecimento de áreas de exclusão de pesca", diz.



O MMA atua em programas para conservação de ecossistemas-chave- como manguezais e recifes de coral -, além de contribuir com os planos de gestão para espécies que têm sido muito pescadas (sobreexplotadas) e com o processo de ordenamento pesqueiro.



A gerente de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros do MMA, Ana Paula Prates, afirma que o desejável seria instituir uma Política Nacional de Conservação dos Oceanos, com meios garantidos para sua execução e participação de diferentes parceiros e setores governamentais em busca da manutenção dos estoques pesqueiros e da biodiversidade marinha.



Ana Paula avalia, ainda, ser necessário valorizar e implementar as unidades de conservação existentes, criar novas áreas protegidas, monitorar contínua e ininterruptamente os escossitemas mais frágeis, além do incentiivar e apoiar a pesquisa e divulgação da importância dos ecossistemas costeiros e marinhos para toda a população brasileira.



Extensão - A Zona Costeira e Marinha do Brasil se estende da foz do rio Oiapoque (AP) à foz do rio Chuí (RS), e abrange os limites dos municípios da faixa costeira a oeste até as 200 milhas náuticas, incluindo as áreas em torno do Atol das Rocas (RN), dos arquipélagos de Fernando de Noronha (PE) e de São Pedro e São Paulo (PE), e as ilhas de Trindade e Martin Vaz, situadas além do limite marinho. Sua faixa terrestre se estende por aproximadamente 10.800 mil quilômetros ao longo da costa - computados os recortes de litoral e reentrâncias naturais- e possui uma área de aproximadamente 514 mil km2.


Mudanças Climáticas - Os ecossistemas costeiros e marinhos, como recifes de coral e manguezais, são considerados especialmente vulneráveis às mudanças climáticas por sua fragilidade e limitada capacidade de adaptação, com danos que podem se tornar irreversíveis. Os recifes de corais, por exemplo, podem ser o primeiro ecossistema funcionalmente extinto pelas mudanças do clima, caso ocorra um aumento médio de 2 a 3 ºC de temperatura.

Cientistas consideram que os manguezais e marismas sejam negativamente afetados pela elevação do nível do mar, especialmente nos casos em que existem barreiras físicas no lado terrestre, como diques e cidades. Os impactos negativos sobre as zonas úmidas costeiras atingirão diretamente populações humanas. Muitas das comunidades mais pobres do planeta moram ém áreas costeiras e dependem dos manguezais e da pesca nos recifes de coral para sua segurança alimentar.



A seguir, número de espécies marinhas nacionais em estado de risco ou ameaça de extinção



(Em 2011, novas espécies serão avaliadas)


Mamíferos marinhos: 57 espécies - 6 ameaçadas


Quelônios marinhos (tartarugas): 5 espécies, todas ameaçadas, sendo que duas criticamente em perigo

Corais: 23 espécies - 2 ameaçadas

Moluscos marinhos: 46 espécies - 2 ameaçadas e 1 sobreexplotada


Crustáceos marinhos: 27 espécies - 3 ameaçadas e 10 sobreexplotadas

Peixes marinhos e estuarinos: 1.209 espécies - 19 ameaçadas e 32 sobreexplotadas


Aves marinhas: cerca de 100 espécies - 17 ameaçadas
Por: Carine Corrêa
www.mma.gov.br/

Período de defeso do camarão começa amanhã

BRASÍLIA - Começa amanhã (15) o período de defeso do camarão rosa, branco e sete barbas nos Estados da região Norte, do Amapá até o limite da divisa marítima do Piauí com o Ceará. A suspensão da pesca vai até 15 de fevereiro de 2011 (época de desova e reprodução do crustáceo), quando os barcos voltam ao mar.



A produção média anual de camarão nessa região é de cerca de 8,6 mil toneladas. A maior produção é de camarão rosa, feita basicamente por barcos de grande porte da frota industrial.


Já os camarões branco e sete barbas são capturados por embarcações costeiras de pequeno porte. Essas duas espécies também são pescadas com redes de arrasto pequenas e tração manual em regiões praianas.

Por: Agência Brasil
http://www.tribunadomaranhao.com.br/

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Esquistossomose é tema de encontro internacional promovido pela Fiocruz

Imagem de um verme adulto do gênero Schistosoma (Foto: Sinclair Stammers/TDR/OMS)


Alvo de um esforço global de controle, a esquistossomose atinge cerca de 200 milhões de pessoas em 70 países e a estimativa é de que 747 milhões vivam sob risco de infecção, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Conhecida popularmente como barriga d’água, a doença parasitária – presente em 18 estados brasileiros, com maior prevalência nas regiões Nordeste e Sudeste – será tema de debate entre especialistas, de 6 a 8 de outubro, no Rio de Janeiro. Organizado pela Fiocruz, o 12º Simpósio Internacional de Esquistossomose reúne representantes da OMS, gestores, pesquisadores nacionais e de países como Estados Unidos, Suíça, Dinamarca, Suécia, Gana e Zimbábue.


As estratégias globais para pesquisa e controle da esquistossomose e outras helmintoses serão debatidas na sexta-feira (8/10). O Coordenador do Comissariado de Pesquisa sobre Doenças Infecciosas da Pobreza, do Programa de Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais (TDR) da OMS, o cientista Arve Lee Willingham, abrirá a discussão. Em seguida, prioridades e desafios da pesquisa para o controle dessas doenças na China, África e Américas serão debatidos.



Os avanços científicos das pesquisas relacionadas à área também serão foco das discussões do evento, que conta com cerca de 400 participantes inscritos. Além dos convidados estrangeiros, 42 especialistas de sete estados brasileiros também participam. Entre os temas abordados estarão genômica, imunopatologia, bioquímica, biologia molecular e ecoepidemiologia, inovações em diagnóstico, tratamento quimioterápico e educação em saúde.



Durante o simpósio, gestores do Ministério da Saúde apresentarão um panorama sobre os principais desafios do Programa Nacional para Controle da Esquistossomose. “Alguns dias antes do início do simpósio, gestores de 27 estados brasileiros estarão reunidos para definir os avanços e desafios na área. Esta iniciativa é fundamental para que possamos ampliar a discussão e contribuir para o controle da doença, uma das doenças negligenciadas mais prevalentes no Brasil”, avalia o também integrante da comissão organizadora e pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Otávio Pieri.



De acordo com dados recentes do Ministério da Saúde, aproximadamente 2,5 milhões de brasileiros sofrem com a esquistossomose. “O Ministério da Saúde reconhece a esquistossomose como uma doença negligenciada prioritária, para a qual são necessárias pesquisas que gerem novos instrumentos, saberes e estratégias para seu controle e tratamento no âmbito do Sistema Único de Saúde”, explica Pieri. “Apesar da progressiva diminuição das formas graves devido às campanhas de tratamento em larga escala iniciadas na década de 70, a doença continua sendo transmitida nas áreas endêmicas, encontrando-se em franca expansão geográfica”, conclui o especialista.



A iniciativa é promovida pelo Programa Integrado de Esquistossomose da Fiocruz, com o apoio do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), dos centros de pesquisa da Fiocruz em Belo Horizonte (CPqRR), Recife (CPqAM) e Salvador (CPqGM), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do TDR. “Estamos na 12ª edição. Há mais de 25 anos que a Fiocruz organiza este simpósio. A ideia surgiu por uma provocação, no bom sentido, da própria OMS. Criamos o Programa Integrado de Esquistossomose da Fiocruz na década de 1980 e o passo seguinte seria a realização de um encontro internacional para debater aspectos relacionados à área. Deu certo e, a cada dois anos, realizamos o simpósio no Brasil, que é o maior evento sobre esquistossomose no mundo”, conta o pesquisador da Ensp e presidente do evento, Carlos Eduardo Grault. A programação completa do 12º Simpósio Internacional de Esquistossomose está disponível aqui.



Sobre a esquistossomose



Causada pelo Schistosoma mansoni, a esquistossomose é uma das doenças parasitárias com maior prevalência em países em desenvolvimento e pode estar relacionada a pouca infra-estrutura sanitária. A OMS estima que 747 milhões vivam sob risco de infecção em áreas de transmissão distribuídas em 56 países das Américas, África e Ásia. A doença é transmitida em águas não tratadas, por contato direto com as larvas do parasita, que tem no homem seu hospedeiro definitivo, mas necessita de caramujos de água doce como hospedeiros intermediários para desenvolver seu ciclo evolutivo.



Serviço
12º Simpósio Internacional de Esquistossomose

De 6 a 8 de outubro

Rio Othon Palace

Avenida Atlântica 3.264

Copacabana/Rio de Janeiro

http://www.fiocruz.br/

Várzeas, artigo de Roberto Naim

A vida depende da existência de alguns fatores básicos que se tornam fatores limitantes, conforme ODUM (Ecologia, Ed. Guanabara, 19 ). Estes fatores são a temperatura, que limita a vida e a reprodução de espécies, a presença de água, a presença de ar para impulsionar o metabolismo, presença de alimentos (nutrientes mínimos) que recomponham sistematicamente os tecidos e outros itens relevantes.


A água talvez seja o componente mais indispensável para a vida. Sem água não tem flora, não tem fauna, não tem nada. As várzes são terras úmidas, que são adjacentes e ocorrem em faixas de domínio de rios e drenagens superficiais e em zonas de baixios inundáveis.


As terras úmidas são áreas com inundações intermitentes. A vegetação que predomina é diferente daquelas áreas sem inundações. Quando os solos se saturam de água, o acesso ao oxigênio atmosférico fica restrito e os solos se tornam anaeróbicos ou seja, sem a presença de oxigênio. As raízes comuns não podem respirar e a maior parte das plantas não podem viver nestes locais.

Mas existe uma vegetação própria para estas áreas, com plantas muito ricas em água e que são a dieta principal de uma grande quantidade de animais, que vive nas proximidades para poder ter acesso a água e também aos alimentos proporcionados por estas plantas próprias das várzeas. Estas plantas não precisam ter raízes profundas porque a obtenção de água é fácil. Sem a necessidade de raízes profundas, se tornam alimento mais fácil e indispensável para certas espécies animais.

As plantas de zonas úmidas desenvolvem uma adaptação especial ao meio em que vivem. Algumas, como os mangues, levam ar a suas raízes através de tubos especiais; outros, como a borracheira negra, realizam parte de seu processo respiratório em ausência de ar.


Fabricam produtos metabólicos intermediários, não oxidados, que se transporta ao alto dos troncos para serem oxidados. Os ciprestes possuem raízes especiais, chamadas joelhos, que crescem sobre a terra através das quais intercambiam pequenas quantidades de dióxido de carvão e oxigênio.

Muitas várzeas e pântanos conservam a água, em especial aqueles que estão em regiões planas que estejam cercadas por montanhas. Estas áreas recebem principalmente água de chuva para sua manutenção.

As plantas devam transpirar vapor de água dos seus tecidos para o ar, mas algumas árvores de zonas inundadas transpiram menos que outras plantas. Portanto, nos pântanos se perde menos água do que em superfícies abertas de lagos. A adaptação destas plantas ajuda a manter a área úmida e conservar a água.


Estas em geral são zonas de recarga de aqüíferos, que fazem as águas superficiais chegarem até os depósitos de água subterrânea, de onde os poços tubulares instalados pelo homem, podem captar água dos reservatórios subterrâneos.


A diversidade de espécies de plantas nestas áreas é menor que em uma floresta ordinária, mas a variedade de insetos, pássaros e outros animais é muito maior.


No Brasil já houveram até programas governamentais destinados a drenar várzeas e permitir o cultivo das terras. Este é um dos maiores erros ecológicos que podem ser cometidos e a drenagem das várzeas é um crime ambiental contra a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas, cujos efeitos são intangíveis, ou seja não podem ser mensurados de forma simples.

Por: Roberto Naime, colunista do Portal EcoDebate, é Professor no Programa de pós-graduação em Qualidade Ambiental, Universidade FEEVALE, Novo Hamburgo – RS.


http://www.ecodebate.com.br/

terça-feira, 5 de outubro de 2010

SPU/MA realiza atividades de regularização fundiária em Apicum-Açu e Central do Maranhão

A Superintendência do Patrimônio da União no Estado do Maranhão (SPU/MA), em uma programação intensa de atividades de regularização fundiária durante os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, realizou nos dias 27, 28 e 29 de setembro, o cadastramento de 55 famílias no município de Apicum-Açu, na região da Baixada Ocidental. O Programa de Regularização Fundiária nas Regiões dos Campos Naturais e Áreas de Várzeas da Baixada Maranhense tem sido realizado em parceria com o Instituto de Colonização de Terras do Maranhão (Iterma) e Prefeituras locais.



Apicum-Açu tem uma população estimada de 16.000 habitantes, está localizada na microrregião do litoral ocidental maranhense e tem a pesca como principal atividade econômica.

Já nos dias 30/09 e 01/10 foram realizadas ações de regularização fundiária no município de Central do Maranhão, com atividades de reunião com equipe da Prefeitura; audiência pública na sede do município e na comunidade Monte Carmo; pré-cadastramento e atividade de campo em Monte Carmo. Foi realizado o detalhamento do planejamento para a continuidade dos trabalhos no período de 11 a 15 de outubro de 2010.


Dificuldade de acesso, sendo muitas vezes feito somente a pé, caminhadas sobre turrões de terra e grandes distâncias entre as casas farão parte do cenário de trabalho no município de Central do Maranhão.

Wagner da Silva Ferreira, agente epidemiológico da Prefeitura de Central do Maranhão, conhece profundamente a região, pois visita casa a casa de moto e a pé. Ele afirma “fiquei muito surpreso quando ouvi falar do projeto, que vem reconhecer a posse e autorizar o uso da terra. Eu gostei muito e espero que as pessoas contribuam para esse trabalho. Conversei com algumas pessoas dessa área aqui, que demonstraram felicidade em receber as equipes do Governo Federal e Estadual. É uma área onde as pessoas vivem há muito tempo e têm direitos e agora vão ter esse direito garantido”.


Matéria enviada por Elenildes da Silva Santos, monitora de comunicação da SPU/MA
http://patrimoniodetodos.gov.br/

Censo da Vida Marinha revela o mundo desconhecido dos oceanos

Após dez anos de intensas pesquisas, cientistas do mundo inteiro estão em festa com o lançamento do Censo da Vida Marinha, divulgado nesta segunda-feira (4/10).


Durante mais de nove mil dias, cerca de 2,7 mil cientistas vasculharam os oceanos do planeta, desde as zonas mais superficiais até as profundezas das fossas abissais, e desde os polos até o equador, catalogaram cerca de 250 mil plantas marinhas e espécies animais.


No censo da década, mais 1,2 mil novas espécies foram adicionadas ao registro anterior e novos 5 mil organismos que foram coletados e ainda não foram estudadas ou nomeados ainda deverão compor a lista.

Apesar do número expressivo, os cientistas lembram que essa é apenas uma parcela do total de espécies que vivem nos oceanos de todo o mundo, que pode chegar a um milhão de organismos diferentes. “Existem de uma a quatro espécies desconhecidas para cada uma conhecida”, afirmou Paul Snelgrove, da Memorial University de Newfoundland, no Canadá.

A publicação também revelou algumas espécies que estavam desaparecidas, como o “camarão jurássico”, que se acreditava ter morrido há 50 milhões de anos atrás, além de identificar as regiões mais ricas em biodiversidade, como o Golfo do México e costa australiana.


Outro destaque foi para a quantidade de microorganismos existentes no mar. A variedade de espécies pode chegar a um bilhão, o que torna a diversidade vegetal e animais quase insignificante, dizem os especialistas.


Segundo o censo, há 20 mil tipos diferentes de bactérias em apenas um litro de água do mar. E apesar de minúsculos, os micróbios oceânicos produzem metade do oxigênio do planeta. Se fossem colocados juntos numa balança, pesariam mais do que todos os peixes.

Conexões

Além de números e novas espécies, os cientistas também descobriram uma alta conectividade entre a vida marinha global. Uma espécie de camarão chamada de Ceratonotus steiningeri foi encontrada na costa atlântica da África e também no Pacífico central, a 12 mil quilômetros de distância.


“Acreditamos agora que o mar profundo é muito mais conectado, também os diferentes oceanos, do que imaginávamos”, afirmou Pedro Martinez Arbizu, do Centro Alemão de Pesquisa de Biodiversidade Marinha.


Os pesquisadores ainda descobriram que, assim como alguns seres terrestres, as espécies marinhas também compartilham boa parte do seu DNA. Entre os peixes em geral, a diferença parece ser de entre 2% e 15%, disse Dirk Stenke, da Universidade de Gelph, no Canadá. “Embora essas espécies de peixe sejam realmente antigas, não há muito que as separe”, declarou.


Ameaças

Outro ponto do censo avaliou as ameaças à vida marinha. Segundo os cientistas, a pesca e a exploração são os grandes vilões. Com isso, algumas espécies que antes reinavam nos oceanos, como lagostas e bacalhau, foram pescadas até a extinção.


Os recifes de coral também estão sofrendo com as consequências das ações humanas e reduzindo sua população drasticamente. As altas temperaturas observadas nos oceanos estão causando o branqueamento de corais em todo o mundo. Com a progressiva morte das minúsculas algas que vivem dentro deles, os corais morrem de fome e muitos deles morrerão ainda em 2010.


A boa notícia é que ainda há tempo de reverter a situação, já que o número de extinções ocorridas no mar é relativamente pequeno, afirmam os cientistas. “O Censo nos mostrou como o mar é, como ele foi e como ele poderá ser se decidirmos tomar conta do nosso ‘planeta oceano’”, afirmou em entrevista ao jornal Estado de São Paulo Nancy Knowlton, pesquisadora do Museu Nacional de História Natural e do Instituto Smithsonian.


Sobre o Censo da Vida Marinha


O projeto de US$ 650 milhões teve início no ano 2000 e obteve dinheiro e ajuda de mais de 670 instituições ao redor do mundo, incluindo vários governos e fundações privadas, corporações, organizações sem fins lucrativos, universidades e escolas de ensino médio.


O Brasil participou com cerca de 10 pesquisadores em diferentes projetos, como o Censo de Margens Continentais e o desenvolvimento do Sistema de Informação Biogeográfico do Oceano (Obis, na sigla em inglês), um banco de dados que já conta com 16 milhões de registros.


Fotos: Censo da Vida Marinha/Divulgação
 
ECoD
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“Perto da Maresia”: Documentário maranhense será exibido em festival de Taiwan

A forma pela qual os construtores navais do Maranhão utilizam os recursos de seu entorno e os ensinamentos de seus antepassados para conceber projetos navais de maneira intuitiva é o mote do documentário “Perto da Maresia”. A produção, dirigida pela maranhense Gabriela Mochel Piccolo e pelo espanhol Alberto Greciano, foi selecionada para a 7ª edição do Festival Internacional de Documentários de Taiwan (TIDF 2010), que será realizado na cidade de Taichung, de 22 a 31 deste mês.

O evento, que acontece a cada dois anos, é organizado pelo Ministério de Cultura e pelo Museu Nacional de Belas Artes e trata-se do segundo maior festival de documentários da Ásia.
De uma forma reflexiva e pessoal, o documentário questiona a fronteira entre arte e artesanato, assim como o futuro dos barcos e sua possível conversão em meros símbolos. A obra foi selecionada entre outras 1.527 provenientes de 98 países e é a única representante da América Latina. A produção concorrerá ao prêmio de melhor curta documentário, com mais 14 produções da Europa, Ásia e Oriente Médio.

O filme, que tem duração de 51 minutos, faz uma viagem sem destino ao longo da costa maranhense e apresenta um modo de vida regido pelas marés. A bordo de diferentes embarcações de madeira, os cineastas conhecem o modo de vida e a história de personagens que constroem seus barcos artesanalmente, mantendo uma tradição ancestral que vai se perdendo em tempos de suposta modernidade. “Perto da Maresia” é um road movie sobre as águas.

Projeto - “Perto da Maresia” faz parte de um projeto audiovisual sobre embarcações do Maranhão iniciado com o curta “Canoa de um Pau Roxo” (2008), que registra a construção de uma “canoa de um pau só”.

Esse curta foi apresentado na 27ª edição da Feira Internacional de Arte Contemporânea, (Arco), uma das mais prestigiadas do mundo, em Madri (Espanha), e selecionado para 24 festivais no Brasil (onde recebeu três prêmios), Espanha, Itália, Argentina, Colômbia, Sérvia e Eslovênia.

Finalizado este ano, “Perto da Maresia” foi selecionado até o momento para outros três festivais: 33º Festival Guarnicê de Cinema, 19º International Festival of Ethnological Film (Belgrado, Sérvia) e 36º Ekofilm – International Film Festival on the Environment, Natural and Cultural Heritage (Praga, Republica Tcheca).
 
Por: O Estado do MA
http://imirante.globo.com/

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

80% da população é refém da má gestão da água

Visando a proteção dos recursos hídricos ao redor do mundo, um grupo de pesquisadores fez um diagnóstico, em escalas locais e global, considerando em conjunto as perspectivas humanas e biodiversas sobre a segurança da oferta de água.

Utilizando um enquadramento espacial que quantifica múltiplos elementos de estresse, como poluição e densidade de barragens, e contabiliza os impactos a jusante (rio abaixo), pesquisadores de várias universidades concluíram que aproximadamente 80% da população mundial está exposta a altos níveis de insegurança no uso da água.


“Se você analisar as questões de segurança da água tanto da perspectiva humana quanto da biodiversidade, descobrirá que as ameaças são repartidas e pandêmicas. Mesmo os países ricos, que você esperaria que fossem bons administradores da água, têm algumas das áreas mais estressadas e ameaçadas”, comentou um dos principais autores da análise Charles Vörösmarty, engenheiro civil da Universidade de Nova Iorque, segundo a Nature.


A agricultura intensiva e cidades densamente povoadas foram identificadas como as causas dos maiores níveis de ameaça. Poucos rios, incluindo partes do Amazonas que passam por áreas de florestas densas, se mostraram saudáveis.


Vörösmarty estima que em 2015 seja necessário cerca de US$ 800 bilhões para cobrir os custos anuais em infra-estrutura hídrica.

Investimentos massivos em tecnologias para o tratamento da água permitem que os países ricos mitiguem altos níveis de estresse, entretanto sem remediar suas causas, alegam os cientistas. Em nações mais pobres a situação é ainda mais complicada, o que deixa as populações vulneráveis.

No quesito biodiversidade, a ausência destes investimentos na precaução também causa muita preocupação. Os habitats associados com 65% da descarga continental estão classificados como moderadamente ou altamente ameaçados.


Os cientistas enfatizam a necessidade de limitar as ameaças na sua fonte ao invés de gastar quantias enormes na remediação dos sintomas para garantir a segurança no fornecimento de água tanto para humanos quanto para a biodiversidade.

A melhoria na gestão dos recursos hídricos pode passar por soluções simples, que apenas exigem planejamento. Vörösmarty oferece como exemplo o caso das barragens, que ao invés da sua construção seria muito mais adequada a preservação de áreas de planícies alagáveis.

As análises, publicadas na revista científica Nature, foram feitas com base em dados documentados e quantificáveis, resultando em mapas que representam os efeitos cumulativos das diversas ameaças à humanidade e biodiversidade. Esta é ferramenta pode ser muito útil para a criação de políticas e respostas de manejo para situações críticas.


Referência: Nature 467, 555-561 (30 September 2010)
doi:10.1038/nature09440

Créditos da imagem: Fernanda B. Muller, Parque Natural da Camargue - França
Por: Fernanda B. Müller, da Carbono Brasil
(Envolverde/Carbono Brasil)