A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) firmou na manhã da última sexta-feira, 23, um convênio que tem como meta desenvolver a energia eólica para Região Norte do Maranhão. O projeto beneficiará milhares de moradores da circunscrição, além de contribuir para o crescimento do litoral maranhense e na expansão de melhorias na qualidade de vida dos habitantes. O acordo entre a Universidade e a Cemar contou também com a presença do prefeito José Francisco Pestana, do município de Cururupú, cidade localizada a 431 quilômetros da capital.
O objetivo é que o sistema possa ser utilizado nas ilhas que formam o Arquipélago de Maiaú, localizado numa área denominada Reentrâncias Maranhenses. Uma imensa região recortada por baías, enseadas, furos, igarapés, manguezais e ilhas.
Das praias de Maiaú, depois de Guagerutiua, Caçacueira é a segunda em número de moradores, com aproximadamente 600 residências, e talvez a maior potência turística da região. Atualmente é a que dispõe de melhor infraestrutura, no município de Cururupú. Os investimentos em energia também beneficiarão as praias de Peru e São Lucas, abrangendo mais de 1.000 famílias, produtoras de pescados e camarão, comercializados nas capitais do Maranhão e do Pará. A tecnologia também impulsionará o comércio nas praias de Guajerutiua, Valha-me Deus e Porto Alegre.
A energia poderá ajudar na conservação de alimentos, já que uma das maiores dificuldades do Arquipélago refere-se ao transporte. Para se chegar às praias, atualmente, uma parte do caminho é feito por água, através de lanchas (barcos pequenos à motor) e outra por terra numa estrada asfaltada que vai de Cururupú até Rio de Peixe, e de Rio de Peixe a Pindobal, ambos municípios de Serrano( cerca de 6 Km de piçarra). Para se chegar às ilhas de avião, é necessário ter conhecimento de maré, pois, a maioria delas não possui pista de pouso, portanto, a aterrissagem é feita na beira da praia quando a maré estiver em baixa-mar.
Com esta assinatura, o projeto atenderia aproximadamente 50 ilhas do Arquipélago de Maiaú, a maior área de mangue do planeta, na qual anteriormente usava-se a energia a diesel como destaca o prefeito, o que atrapalhava a vida dos moradores e poluía o ar desses locais, prejudicando o desenvolvimento pesqueiro e econômico da região.
“A assinatura do convênio mostra que o Estado possui excelentes técnicos, o que viabiliza a instauração de mais produtos na área de pescaria, assim como a utilização de energia e óleo diesel (utilizado nos barcos para pesca) e com o apoio da UFMA e da Cemar visamos desenvolver todos os municípios ligados à região, com grande carência de energia”, comentou o prefeito.
Para o professor do departamento de Física da UFMA e Coordenador do Convênio, Osvaldo Ronald Saavedra, o acordo tem por finalidade alcançar aproximadamente 50 ilhas com um projeto de eletrificação, com energia eólica, com recursos do Governo Federal, podendo o projeto beneficiar as centenas as famílias dos locais.
Coordenador do Núcleo de Energias Alternativas (NEA) da UFMA, Saavedra, explica que a energia solar é convertida em eletricidade por meio de um painel solar que carrega uma bateria. Durante a noite, um inversor (dispositivo capaz de converter um sinal elétrico) é acionado pela fotocélula - ativada quando há diminuição da luminosidade - acendendo uma lâmpada fluorescente.
Cada protótipo do sistema para iluminação pública é composto por um painel solar, um poste de ferro, uma caixa de controle e duas lâmpadas. E segundo o pesquisador, todos os elementos existem no comércio nacional, o que os tornam de baixo custo, com mínima manutenção. Com vida útil de 40 anos, cada poste pronto para entrar em atividade tem um custo médio de R$ 1.500,00.
Para levar iluminação às comunidades isoladas é necessário que haja a fiação convencional, mas, pela distância dos grandes centros, não existem cabos de energia elétrica que cheguem às comunidades e possam dar suporte aos postes de iluminação tradicionais. A energia solar representa uma das melhores opções quando se trata de satisfazer as necessidades de populações dispersas, de difícil acesso. Ela é abundante, previsível, renovável e não poluente.
O projeto para o fornecimento de energia em áreas remotas, é uma iniciativa que se dá, também, em virtude do papel de contribuição social relevante que tem a UFMA, para com o desenvolvimento do Estado, já que o litoral norte do Maranhão é marcado por áreas isoladas, como a Ilha dos Lençóis (as quais não possuem relação com os Lençóis Maranhenses). Para esse fim, a Universidade firmou convênio junto à Cemar, sendo que após a aprovação do projeto,(com fase de elaboração prevista para três meses), a implantação deverá ser concluída até o final deste ano.
As principais ilhas do Arquipélago beneficiadas são: Mangunça (Praia e Farol de Mangunça), Tucunzal, Caruaçu, Caçacueira (praia de Caçacueira e Muricitiua), Camaleão, São João Mirim (onde estão localizadas as praias de São Lucas, Peru e Boa Vista), Capim (composta pelas praias de Guajerutiua, Valha-me Deus, Porto Alegre), Ponta Seca, Lençol, Mirinzal, Maiaú ou São João (onde está localizada a praia de Bate-Vento e o Farol de São João), Porto do Meio, Retiro, Guará, Urumaru e Aracajá.
Conheça mais sobre o Arquipélago
Leia outras matérias sobre o assunto no site da UFMA, pelo sistema de busca. Sugestão: http://www.ufma.br/noticias/noticias.php?cod=7247
Reportagem de Sansão Hortegal
Edição de Texto: Giselle Marques
Lugar: Campus do Bacanga-SLZO objetivo é que o sistema possa ser utilizado nas ilhas que formam o Arquipélago de Maiaú, localizado numa área denominada Reentrâncias Maranhenses. Uma imensa região recortada por baías, enseadas, furos, igarapés, manguezais e ilhas.
Das praias de Maiaú, depois de Guagerutiua, Caçacueira é a segunda em número de moradores, com aproximadamente 600 residências, e talvez a maior potência turística da região. Atualmente é a que dispõe de melhor infraestrutura, no município de Cururupú. Os investimentos em energia também beneficiarão as praias de Peru e São Lucas, abrangendo mais de 1.000 famílias, produtoras de pescados e camarão, comercializados nas capitais do Maranhão e do Pará. A tecnologia também impulsionará o comércio nas praias de Guajerutiua, Valha-me Deus e Porto Alegre.
A energia poderá ajudar na conservação de alimentos, já que uma das maiores dificuldades do Arquipélago refere-se ao transporte. Para se chegar às praias, atualmente, uma parte do caminho é feito por água, através de lanchas (barcos pequenos à motor) e outra por terra numa estrada asfaltada que vai de Cururupú até Rio de Peixe, e de Rio de Peixe a Pindobal, ambos municípios de Serrano( cerca de 6 Km de piçarra). Para se chegar às ilhas de avião, é necessário ter conhecimento de maré, pois, a maioria delas não possui pista de pouso, portanto, a aterrissagem é feita na beira da praia quando a maré estiver em baixa-mar.
Com esta assinatura, o projeto atenderia aproximadamente 50 ilhas do Arquipélago de Maiaú, a maior área de mangue do planeta, na qual anteriormente usava-se a energia a diesel como destaca o prefeito, o que atrapalhava a vida dos moradores e poluía o ar desses locais, prejudicando o desenvolvimento pesqueiro e econômico da região.
“A assinatura do convênio mostra que o Estado possui excelentes técnicos, o que viabiliza a instauração de mais produtos na área de pescaria, assim como a utilização de energia e óleo diesel (utilizado nos barcos para pesca) e com o apoio da UFMA e da Cemar visamos desenvolver todos os municípios ligados à região, com grande carência de energia”, comentou o prefeito.
Para o professor do departamento de Física da UFMA e Coordenador do Convênio, Osvaldo Ronald Saavedra, o acordo tem por finalidade alcançar aproximadamente 50 ilhas com um projeto de eletrificação, com energia eólica, com recursos do Governo Federal, podendo o projeto beneficiar as centenas as famílias dos locais.
Coordenador do Núcleo de Energias Alternativas (NEA) da UFMA, Saavedra, explica que a energia solar é convertida em eletricidade por meio de um painel solar que carrega uma bateria. Durante a noite, um inversor (dispositivo capaz de converter um sinal elétrico) é acionado pela fotocélula - ativada quando há diminuição da luminosidade - acendendo uma lâmpada fluorescente.
Cada protótipo do sistema para iluminação pública é composto por um painel solar, um poste de ferro, uma caixa de controle e duas lâmpadas. E segundo o pesquisador, todos os elementos existem no comércio nacional, o que os tornam de baixo custo, com mínima manutenção. Com vida útil de 40 anos, cada poste pronto para entrar em atividade tem um custo médio de R$ 1.500,00.
Para levar iluminação às comunidades isoladas é necessário que haja a fiação convencional, mas, pela distância dos grandes centros, não existem cabos de energia elétrica que cheguem às comunidades e possam dar suporte aos postes de iluminação tradicionais. A energia solar representa uma das melhores opções quando se trata de satisfazer as necessidades de populações dispersas, de difícil acesso. Ela é abundante, previsível, renovável e não poluente.
O projeto para o fornecimento de energia em áreas remotas, é uma iniciativa que se dá, também, em virtude do papel de contribuição social relevante que tem a UFMA, para com o desenvolvimento do Estado, já que o litoral norte do Maranhão é marcado por áreas isoladas, como a Ilha dos Lençóis (as quais não possuem relação com os Lençóis Maranhenses). Para esse fim, a Universidade firmou convênio junto à Cemar, sendo que após a aprovação do projeto,(com fase de elaboração prevista para três meses), a implantação deverá ser concluída até o final deste ano.
As principais ilhas do Arquipélago beneficiadas são: Mangunça (Praia e Farol de Mangunça), Tucunzal, Caruaçu, Caçacueira (praia de Caçacueira e Muricitiua), Camaleão, São João Mirim (onde estão localizadas as praias de São Lucas, Peru e Boa Vista), Capim (composta pelas praias de Guajerutiua, Valha-me Deus, Porto Alegre), Ponta Seca, Lençol, Mirinzal, Maiaú ou São João (onde está localizada a praia de Bate-Vento e o Farol de São João), Porto do Meio, Retiro, Guará, Urumaru e Aracajá.
Conheça mais sobre o Arquipélago
Leia outras matérias sobre o assunto no site da UFMA, pelo sistema de busca. Sugestão: http://www.ufma.br/noticias/noticias.php?cod=7247
Reportagem de Sansão Hortegal
Edição de Texto: Giselle Marques
Fonte: Ascom UFMA